A prefeita Adriane Lopes (PP), com 26,17%, e deputado estadual Zeca do PT, com 25,34%, empatam em primeiro lugar na disputa pela Prefeitura de Campo Grande, segundo o primeiro levantamento do IPEMS (Instituto de Pesquisa de Mato Grosso do Sul) divulgado nesta segunda-feira (24). O cenário excluiu os favoritos, como o ex-governador André Puccinelli (MDB), a superintendente do Sudeco, Rose Modesto (União Brasil) e o radialista Lucas de Lima (PDT).
Neste questionário, o deputado federal Beto Pereira (PSDB) fica em 3º, com 18,44%, e empatado tecnicamente com os dois primeiros, considerando-se a margem de erro de 4,9% para mais ou menos.
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A pesquisa mostra que o deputado federal bolsonarista Marcos Pollon (PL) não largou bem na disputa ao ter apenas 9,18%. Os números foram divulgados pelo jornal Correio do Estado e não houve a publicação de outros cenários.
Conforme o IPEMS, 400 eleitores foram ouvidos entre os dias 18 e 19 deste mês na Capital. A margem de erro é de 4,9% e a pesquisa não foi registrada na Justiça Eleitoral – a regra só valerá a partir de janeiro.
No cenário estimulado, conforme o IPEMS, 20,22% dos eleitores estão indecisos ou votariam em branco ou nulo. O índice mostra que um número expressivo ainda não incluiu as eleições de 2024 nas prioridades da política municipal.
A espontânea aponta um cenário sem favoritos e muito embolado. André lidera com 2,87%, seguido por Beto com 2,26%, Capitão Contar (PRTB) com 1,46%, Zeca com 1,21%, Lucas com 0,83%, Adriane com 0,75%, o ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD) com 0,75% e Rose Modseto com 0,22%, o presidente da Câmara Municipal, Carlão (PSB), com 0,22%, e o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PSD) com 0,20%.
O IPEMS apontou que Zeca do PT é o campeão em rejeição, com 47,42%. Ou seja, metade dos eleitores da Capital não votaria no petista de jeito nenhum. A prefeita é a 2ª mais rejeitada, com 37,2%, seguida por Pollon com 26,09% e Beto Pereira com 21,48%.
Os números mostram que o ex-governador pode chegar ao segundo turno, mas terá dificuldade em vencer o pleito devido ao grande índice de rejeição. Zeca teria chance, considerando-se esta pesquisa, caso repetisse a estratégia de Lula em 2002, quando fez uma campanha focada em reconstruir a imagem e reduzir os índices de rejeição. O deputado estadual não demonstra ter essa preocupação.
A prefeita Adriane também vai precisar de um bom projeto para mudar a imagem e chegar forte e favorita à sucessão. De dez eleitores, quatro dizem não votar nela de jeito nenhum.
Já o candidato do PSDB tem o menor índice de rejeição e pode ter ajuda estratégia do governador Eduardo Riedel (PSDB) para dar a vitória aos tucanos pela primeira vez na história.
Pollon vai depender da força do bolsonarismo até as eleições. O seu maior problema é dividir os votos com a prefeita Adriane Lopes, que conta com o apoio da senadora Tereza Cristina (PP), uma das principais conselheiras de Bolsonaro na política regional.