O juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, determinou a extradição do médico paraguaio Freddy Antônio Vera Olazar, preso no dia 1º deste mês no Paraguai. Ele estava foragido há cinco anos e estava na lista vermelha da Interpol acusado de ser ligado à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
O médico teve a prisão preventiva decretada em maio de 2018 após ser alvo da Operação Tabaco, da Polícia Civil, em Porto Murtinho. Ele foi denunciado por fornecer maconha, cocaína e pasta base para a organização criminosa chefiada por Anderson David Arias.
O profissional ficou foragido e foi preso pela polícia paraguaia no dia 1º deste mês na cidade de San Lorenzo, no Paraguai. A prisão foi comunicada à Interpol, que comunicou à Justiça Federal de Mato Grosso do Sul.
Olazar foi denunciado por integrar uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas em Porto Murtinho. Ele era o responsável por trazer a droga de Carmelo Peralta, no Paraguai, para Porto Murtinho. De lá, a droga era transportada por mulas até Ribas do Rio Pardo.
A descoberta ocorreu após a polícia receber denúncia anônima e interceptar o telefone de Anderson Arias. Ele estava preso na delegacia da Polícia Civil de Porto Murtinho, que transformou em escritório do tráfico internacional de drogas, de acordo com a denúncia do Ministério Público Federal.
No entanto, Freddy teve o processo suspenso porque estava foragido. Conforme despacho publicado nesta sexta-feira (21), ele estava na difusão vermelha da Interpol.
“A Representação Regional da Interpol comunicou o cumprimento do mandado de prisão expedido em desfavor de FREDDY ANTONIO VERA OLAZAR no país vizinho (Paraguai), no dia 01/07/2023, com base em difusão vermelha internacional”, destacou o juiz Bruno Cezar.
O magistrado determinou a extradição de Freddy Antônio Vera Olazar para o Brasil. A medida deverá ser adotada pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça e Segurança Pública.