O empresário Jamil Name Filho, 46 anos, tem, pelo menos, mais dois julgamentos pela frente em Mato Grosso do Sul. A audiência de instrução e julgamento por lavagem de dinheiro por meio do jogo do bicho vai ocorrer de outubro a dezembro deste ano. E o 2º júri, pelo assassinato do empresário Marcel Hernandes Colombo, o Playboy da Mansão, depende do Tribunal de Justiça, que discute o caso na próxima terça-feira (25).
Até o momento, Jamilzinho, como é mais conhecido, foi condenado a 46 anos e oito meses em três ações penais da Operação Omertà e pelo júri do século por ter sido o mandante da execução do universitário Matheus Coutinho Xavier.
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Detido na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, o herdeiro de Jamil Name ainda pode ter a pena de prisão em regime fechado ampliada. Ele é apontado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) como o chefe da milícia armada.
O número de ações penais pode ser maior porque algumas tramitam em sigilo. Na petição encaminhada ao juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, o promotor Gerson Eduardo de Araújo, informa que a Operação Omertà resultou em 19 ações penais.
A maior pena de Jamilzinho é pela execução do jovem universitário de 20 anos. O empresário foi condenado nesta quarta-feira (19) a 23 anos e seis meses de prisão em regime fechado e não poderá apelar em liberdade.
A segunda maior foi a sentença da 2ª Vara Criminal, a 12 anos e oito meses por extorsão armada. Conforme a denúncia, ele tomou a casa do empresário José Carlos de Oliveira mediante grave ameaça. O imóvel foi usado para esconder o arsenal de guerra que foi encontrado com Marcelo Rios.
Por este arsenal, ele foi condenado a quatro anos e seis meses, conforme sentença da 1ª Vara Criminal. Já pelo crime de organização criminosa, Jamilzinho foi punido com seis anos de reclusão em regime fechado.
O juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal, marcou a audiência de instrução sobre os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e exploração do jogo do bicho para ocorrer de 30 de outubro a 13 de dezembro deste ano. Esta é o próximo julgamento oficial a ser enfrentado pelo empresário.
O júri pela morte do Playboy da Mansão depende do julgamento do recurso no Tribunal de Justiça. Jamilzinho é acusado de ter encomendado a morte do empresário após um esbarrão em uma boate de Campo Grande. Ao tomar conhecimento da ameaça, Marcel chegou a pedir desculpas para Name Filho.
Na próxima terça-feira, a 2ª Câmara Criminal do TJMS julga o recurso de Jamilzinho, Marcelo Rios, entre outros réus, contra a sentença de pronúncia do juiz Aluízio Pereira dos Santos.