O JacaréO Jacaré
    Facebook Instagram Twitter
    O Jacaré O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Home»Campo Grande»Acordo busca por fim a quase uma década de conflitos entre indígenas e fazendeiros de Naviraí
    Campo Grande

    Acordo busca por fim a quase uma década de conflitos entre indígenas e fazendeiros de Naviraí

    Richelieu de CarloBy Richelieu de Carlo21/07/20233 Mins Read
    Facebook Twitter WhatsApp Telegram Email LinkedIn Tumblr
    WhatsApp Facebook Twitter Telegram LinkedIn Email
    Conflito se estende desde 2014. (Foto: Reprodução/CIMI)

    A Justiça federal homologou um acordo sobre demarcação de terras entre a comunidade indígena Kurupi Santiago Kue, a Fundação Nacional do Índio (Funai) e proprietários da Fazenda Tejuí, localizada às margens da BR-163, em trecho que liga as cidades de Juti e Naviraí. Pela proposta, os índios passarão a ocupar área de 39,83 hectares da propriedade.

    O conflito teve início em 2014, quando famílias de Guarani e Kaiowá, cansadas de esperar por uma definição, ocuparam parte do território considerado sagrado. Desde então, os indígenas sofrem ameaças de “jagunços” e “pistoleiros”, com o risco de serem despejados.

    Veja mais:

    MS lidera lista de clãs políticos com fazendas em terras indígenas no País

    MPF alerta para escalada de violência entre indígenas e fazendeiro no interior de MS

    Líder indígena assume cargo em ministério e MS tem cinco representantes no governo Lula

    O acordo foi celebrado pelo juiz federal Rodrigo Vaslin Diniz, da 1ª Vara Federal de Naviraí, e pacifica o conflito fundiário iniciado há nove anos, com uma ação de reintegração de posse movida pelos fazendeiros.

    Ao analisar o processo, o magistrado considerou o exercício da posse pelos fazendeiros e a existência de terra tradicional indígena. 

    “Calha afirmar que se está diante de um caso complexo, com dois direitos fundamentais em aparente conflito, exigindo uma solução ponderada, justa, efetiva e que exija a cooperação de ambas as partes”, explicou.

    Em setembro de 2022, a vara federal havia deferido tutela provisória de urgência antecipada e determinado que enquanto o procedimento de demarcação não fosse concluído, as partes deveriam respeitar os limites do acordo firmado em 2014.

    No entanto, em março deste ano, o proprietário ingressou com um pedido para que os indígenas cumprissem a decisão liminar.

    O magistrado ressaltou que com a ocorrência de incidentes entre as partes no final de 2022 e início de 2023, a Funai, o Ministério da Justiça e o Ministério dos Povos Indígenas foram oficiados para que tivessem ciência da situação e adotassem diligências com o objetivo de acelerar os estudos demarcatórios.

    Como saída paralela, em 12 de junho de 2023, foi designada inspeção judicial para conhecimento da área. O juiz federal Rodrigo Vaslin Diniz esteve na propriedade.

    “Este juízo foi muito bem recebido por ambos os lados e pôde compreender mais de perto as agruras do conflito”, afirmou o magistrado.

    No dia 29 de junho 2023, o proprietário da fazenda, a comunidade indígena, a Funai, o Ministério Público Federal (MPF), a Defensoria Pública da União (DPU) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) participaram de audiência de conciliação.

    A comunidade indígena trouxe a proposta de explorarem, além da área ocupada, mais 75 hectares. Os proprietários não aceitaram e se dispuseram a ceder até mais 25 hectares.

    Na sequência, o magistrado incentivou as partes a negociarem uma solução, ressaltando a importância do resultado para melhor qualidade de vida de todos os envolvidos. Após cinco horas de tratativas, foi firmado um acordo. 

    Com a proposta, 39,83 hectares da terra serão explorados pelos indígenas, após a colheita do feijão, estimada para julho de 2023. Além disso, o proprietário da fazenda, acompanhado de representante das partes, funcionário da Funai e da polícia, fará o traçado do mapa sobre os limites da área.

    Os envolvidos deverão respeitar o acordo de forma pacífica. Em caso de descumprimento, haverá a apuração das responsabilidades e imposição de sanções legais.

    Os indígenas permanecerão na área a título de comodato. Caso não sejam cumpridas as condições, retornarão para a área delimitada na decisão liminar.

    1ª Vara Federal de Naviraí demarcação de terras indígenas Fazenda Tejuí funai indígenas juiz Rodrigo Vaslin Diniz Kurupi Santiago Kue naviraí nossa política

    POSTS RELACIONADOS

    Após habeas corpus negados pelo TJ e STJ, juiz mantém prisão de ex-coordenador da APAE

    MS 10/06/20252 Mins Read

    Popularidade de Lula melhora, mas 57% ainda o avaliam como ruim e péssimo, diz Ranking

    MS 10/06/20252 Mins Read

    Diretor do Consórcio Guaicurus confirma ônibus ‘vencidos’ e novos só no fim do ano ou 2026

    Campo Grande 10/06/20253 Mins Read

    MPE cobra suspensão de repasses à FFMS mesmo com acordo para pagamento de R$ 128 mil

    MS 09/06/20254 Mins Read

    Comments are closed.

    As Últimas

    Ao STF, Bolsonaro nega ter cogitado plano de golpe de Estado

    BR 10/06/20253 Mins Read

    Inflação oficial recua para 0,26% em maio deste ano, diz IBGE

    BR 10/06/20252 Mins Read

    Torres admite desconhecimento técnico sobre sistema eleitoral

    BR 10/06/20254 Mins Read

    CPI das Bets: Soraya pede indiciamento de influenciadoras e quer banir Jogo do Tigrinho

    MS 10/06/20254 Mins Read

    A verdade que você não lê por aí!

    Siga nossas redes:

    Facebook Twitter Instagram
    O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Categorias
    • AGRO
    • BR
    • Campo Grande
    • charge
    • JORNALISMO INVESTIGATIVO
    • Livro
    • MS
    • Mundo
    • Opinião
    • Seu Bolso
    © 2025 Todos os direitos reservados.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.