“Sinto que valeu a luta por Justiça nestes quatro anos”, afirmou o capitão da reserva da Polícia Militar, Paulo Roberto Teixeira Xavier, pai do universitário Matheus Coutinho Xavier, ao repercutir a sentença histórica pela condenação de Jamil Name Filho. O empresário foi condenado a 23 anos e seis meses por ter sido o mandante da execução do jovem aos 20 anos, que morreu no lugar do genitor.
O júri do século, como classificou o promotor de Justiça Moisés Cassarotto, por envolver uma das famílias mais poderosas e influentes de Mato Grosso do Sul, poderá encorajar outras vítimas a denunciar os casos.
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“Que as famílias das vítimas tenham coragem e lutem por justiça. Acredito que novos fatos virão à tona”, prevê Xavier, com o sentimento de gratidão pela condenação após três dias de julgamento no Fórum da Capital.
“Que as vítimas de extorsão, ameaças, torturas e demais crimes, inclusive os contra a vida, procurem O GAECO e O GARRAS e DELEGACIA DE HOMICIDIOS, façam as suas denúncias afim de recuperarem aquilo q lhes pertencem e também para honrar as almas dos seus entes queridos e que possam descansar em Paz”, afirmou o policial da reserva.
PX, como é conhecido, prestou depoimento como informante e reforçou o grupo de acusação arrolado pelo Ministério Público, que incluía delegados e um agente do Garras, que deflagraram a Operação Omertà.
A mãe de Matheus, a advogada Cristiane Almeida Coutinho, atuou como assistente de acusação e se emocionou durante o júri dos acusados pela morte do filho.
“Matheus nunca voltará, essa dor nunca cessará, mas eu precisava dessa resposta, meu coração está em paz”, afirmou, conforme o Campo Grande News, após a leitura da sentença pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, por volta das 23h30 desta quarta-feira (19).
