O juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, determinou a penhora de 10 imóveis do ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (sem partido). Ele foi condenado a pagar multa civil por ter espionado o Tribunal de Justiça e obtido informações privilegiadas na Operação Coffee Break.
Antes da operação ser deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), o ex-prefeito apagou mensagens do telefone celular, ingressou com habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça e sumiu no dia para evitar a condução coercitiva determinada pelo desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva.
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Na época, o promotor Marcos Alex Vera de Oliveira denunciou Olarte e o oficial de Justiça Mauro Lino Alves Pena por improbidade administrativa. O juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, absolveu o funcionário do Judiciário por falta de provas e condenou Olarte a perda da função pública, multa civil de R$ 100 mil e inelegibilidade por quatro anos.
O Tribunal de Justiça manteve a sentença e Marcos Alex pediu a execução da sentença há três anos, no dia 18 de agosto de 2020. Em nova petição, o promotor Fábio Ianni Goldfinger atualizou o valor para R$ 222 mil, que inclui multa de 10%, e indicou 10 imóveis para serem penhorados pela Justiça.
Na lista do MPE estão um apartamento da Vanguard, uma casa no Vilas Damha, lotes na Chácara dos Poderes e a obra inacabada da mansão no Residencial Damha II.
Em despacho publicado nesta sexta-feira (14), o juiz determinou a penhora dos imóveis e a avaliação para definir o valor.
Olarte foi condenado a oito anos e quatro meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por dar um golpe nos fieis. Ele também foi condenado por quatro anos pela ocultação de R$ 1,3 milhão no residencial de luxo.