A advogada Cristiane Almeida Coutinho, mãe de Matheus Coutinho Xavier, pediu à Justiça para atuar como assistente de acusação no júri dos acusados pelo assassinato do filho. O Ministério Público Estadual não se opõe que ela reforce a acusação contra o empresário Jamil Name Filho, o guarda municipal Marcelo Rios e do policial civil Vladenilson Daniel Olmedo.
O julgamento, considerado o júri da década, começa na segunda-feira (17) e pode durar cinco dias. O juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, determinou o reforço na segurança do Fórum de Campo Grande e dentro da sala do júri.
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Em comunicado ao Tribunal de Justiça, ele pediu a reserva de hotel por cinco dias, de 17 a 21 deste mês, para os jurados. Também determinou que seja reservado o número suficiente de oficiais de Justiça para acompanhar os integrantes do tribunal do júri durante a hospedagem.
Nesta terça-feira (11), Cristiane protocolou o pedido em regime de urgência para atuar como assistente de acusação. Ela tem o registro da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Mato Grosso e ficou devastada com o assassinato do filho, conforme relato do capitão da PM, Paulo Roberto Teixeira Xavier, em entrevista ao Campo Grande News.
Os promotores de Justiça Luciana do Amaral Rabelo, Gerson Eduardo de Araújo e Moisés Casarotto, manifestaram-se pelo deferimento do pedido feito pela advogada. Agora, a decisão caberá ao juiz Aluízio Pereira dos Santos.
Marcelo Rios pediu a substituição da testemunha Carlos Freitas por Orlando Oliveira de Araújo, que está preso no Presídio Federal de Mossoró (RN). O magistrado aceitou trocar, mas condicionou à disponibilidade de videoconferência para participar do julgamento.
O Departamento Penitenciário Federal se prontificou a realizar a transferência dos réus, Marcelo Rios e Jamilzinho, para participarem presencialmente do júri popular. Olmedo já foi transferido para um presídio estadual e está detido no Presídio Masculino da Gameleira, em Campo Grande.