Albertino Ribeiro
Depois de várias décadas, finalmente o Brasil teve sua reforma tributária. Endosso aqui, a máxima que vem sendo dita pela maioria dos economistas, políticos e empresários: “Não é a reforma dos sonhos, mas é um grande começo rumo à uma economia estável e mais produtiva.”
Não podemos esquecer de parabenizar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pelo brilhante trabalho de negociação e convencimento realizados junto ao Congresso e às associações empresariais. E, obviamente, parabenizar o economista Bernard Appy pela excelente engenharia socioeconômica, financeira e contábil construída com muita dedicação e trabalho.
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Com a reforma, acaba a incidência de tributos em cascatas que encarecem os bens e serviços e que penalizava, principalmente, os mais pobres. Ademais, o imposto cobrado no destino criará um ambiente econômico mais produtivo, pois as empresas não irão mais sair de um lugar, onde fica seu mercado consumidor, para outro estado ou município em busca de isenções tributárias, uma aberração!
Uma empresa deveria levar em consideração para abrir uma planta produtiva questões como logística e outros fatores econômicos pertinentes ao seu ramo de produção.
A cesta básica, tão importante para a população mais pobre, terá alíquota zero, barateando, assim, os bens de consumo fundamentais para a reprodução social dos trabalhadores e suas famílias. Além disso, haverá um efeito de redução da inflação, pois os produtos que mais impactam o fenômeno são aqueles que fazem parte da cesta, juntamente com os combustíveis e transportes, que também serão impactados positivamente pelo novo desenho tributário.
Tenho visto alguns economistas – com certeza delinquentes intelectuais a serviço da extrema-direita -, propalando mentiras, a dizer que a reforma vai aumentar a inflação. Se tal argumento não for mentiroso, não passa de uma estupidez.
Obviamente, alguns produtos e serviços vão aumentar porque o imposto incidente sobre estes aumentará; é o caso do streaming, cuja alíquota deverá subir de 12 para 25%. Contudo, a maioria dos itens que possui maior peso relativo na inflação, que é uma média ponderada, não terá sua alíquota majorada.
Enquanto o grande salto do desenvolvimento do país era aprovado na última quinta-feira (6/7), no Congresso, a matilha bolsonarista vociferava e gritava mentiras, misturadas com ignorância e falta de neurônios.
Com uma leitura simplista da realidade complexa de um grande país como o Brasil, em pleno século 21, diziam que a reforma era comunista e que os comunistas não pensam no bem dos empresários e nem do país e só queriam tomar o país de assalto. Que gente ignorante, meu Deus! Como parte do povo brasileiro conseguiu eleger pessoas tão sem “tutano e sem qualquer tipo de argumento produtivo?
Mas, graças a Deus! Esse espectro, essa nuvem cinzenta, que assolavam o país desde 2016 está indo embora. Sendo assim, a partir de agora, os dias dos brasileiros poderão ser “como a luz da aurora, que vai brilhando cada vez mais até ser dia perfeito.”