*Luiz Felipe Bazzo, CEO do transferbank
Desde o início do ano, o Ibovespa saltou quase 12% e a expectativa é que a tendência de alta esteja apenas começando. Há vários motivos para acreditar nisso. O arcabouço fiscal está avançando, as incertezas políticas em relação ao governo Lula diminuíram e a inflação está dando trégua, abrindo espaço para uma queda da Selic em breve.
A verdade é que já dá pra pensar na bolsa a 150 mil pontos. Faz um tempo que a gente está falando que a bolsa brasileira está barata, agora ela está andando com o fechamento da curva de juros.
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Isso pode impulsionar a bolsa para 130 mil pontos em um primeiro momento e, caso continuemos nesse cenário, é possível alcançar os 150 mil pontos até o fim do ano.
Os investidores podem deixar de olhar apenas para a renda fixa e voltar a atenção para as ações, em troca da possibilidade de lucros maiores. Portanto, a equipe de análise acredita que o cenário está bem favorável para quem quer buscar ganhar dinheiro com a bolsa daqui para frente.
Mas, embora o contexto seja promissor, há outras variantes que devem impactar a volatilidade do mercado financeiro..
A Reforma Tributária deve ajudar no crescimento econômico em médio prazo. Contudo, é preciso avaliar como o setor de serviços, que tem grande peso no PIB, será efetivamente impactado na prática, assim como o agronegócio, que inicialmente foi contra a proposta.
Dólar
Os mercados globais estão operando no risk off (fuga do risco) após novos dados da economia norte-americana trazerem a percepção de que o Federal Reserve poderá ser ainda mais rígido na política monetária para conter a inflação. Na última ata da reunião de política monetária dos EUA, a maioria dos membros concordaram que devem subir ainda mais os juros para tentar conter a inflação.
Além disso, a agenda política brasileira está tumultuada pelos embates de interesses diversos do governo e dos outros partidos e segue trazendo cautela para o câmbio. As notícias de que as votações do novo arcabouço fiscal e do projeto sobre julgamentos do Carf poderão ficar para agosto, após o recesso parlamentar, trouxeram desconforto para os negócios. Tanto o arcabouço quanto o projeto do Carf são considerados pelo governo fundamentais para o equilíbrio fiscal.
Olhando para o segundo semestre, acredito que o cenário será ainda mais favorável. Sustenta sua crença na valorização da bolsa, com a expectativa de alcançar a marca de 130.000 pontos. Além disso, prevejo uma queda ainda maior no valor do dólar, estimando que possa chegar a 4,50 reais e, posteriormente, a 4,35 reais.
Embora o corte da taxa de juros seja uma possibilidade no futuro próximo, a taxa de juros ainda é relativamente alta, o que torna o país interessante para investidores estrangeiros. Ressalto que essa conjuntura favorece a entrada de capital externo e impulsiona o mercado financeiro brasileiro.
Com uma visão otimista, minhas perspectivas são promissoras para os próximos dias do ano, estimulando os investidores a acompanharem de perto as tendências e movimentações do mercado financeiro.