O policial civil Vladenilson Daniel Olmedo trocou de defesa para enfrentar o júri da década, como passou a ser chamado do julgamento dos acusados de matar o universitário Matheus Coutinho Xavier. Já o guarda municipal Marcelo Rios se comprometeu em apresentar a esposa, Eliane Benitez Batalha dos Santos, que era testemunha de acusação e virou de defesa no caso.
A mulher do guarda municipal foi uma das testemunhas-chaves da Operação Omertà, que levou para a prisão o poderosíssimo empresário Jamil Name e o filho em setembro de 2019. Ela chegou a dar detalhes dos supostos crimes em depoimentos no Garras e se cogitou inclui-la no programa de proteção à testemunha.
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No júri popular pela execução do estudante, Eliane vai depor na condição de testemunha de defesa do marido e do empresário Jamil Name Filho. Rios foi denunciado por ter intermediado a execução do capitão da PM, Paulo Roberto Teixeira Xavier, o PX, mas os pistoleiros erraram o alvo e mataram o filho de 20 anos.
Nos últimos dias, o oficial de Justiça informou o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, que não a encontrou para informar do julgamento. Ela deverá ser ouvida no segundo dia do júri (18).
“MARCELO RIOS, já qualificado nos autos em epigrafe, através de seus defensores signatários, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, considerando a certidão de f. 11284, a defesa informa a dispensa da expedição de mandado de intimação para a testemunha Eliane Benitez Batalha dos Santos, comprometendo-se a cientificá-la da data e hora designada para o julgamento”, informou. O pedido foi aceito pelo magistrado.
Já o policial Vladenilson Daniel Olmedo trocou de defesa. Os advogados Ewerton Bellinati e Márcio Messias de Oliveira Sandim vão substituir Alexandre Barros Padilha, na defesa do agente da Polícia Civil.
O júri popular deve começar na segunda-feira e poderá durar até cinco dias. O juiz determinou um mega esquema de segurança no Fórum de Campo Grande.