Após ignorar duas quedas anunciadas pela Petrobras e abusar no aumento em decorrência da volta dos tributos federais, os postos de combustíveis recuaram e chegaram a reduzir o valor da gasolina para o consumidor em até R$ 0,20 na Capital. No entanto, alguns estabelecimentos mantiveram o preço nas alturas e estão cobrando R$ 5,79 por litro à vista.
A instabilidade nos preços começou em maio com a mudança na cobrança do ICMS, de percentual para um valor fixo. A alteração feita com aval do Supremo Tribunal Federal tabelou o tributo estadual em R$ 1,22 por litro em todos os estados brasileiros. Em Mato Grosso do Sul, a mudança elevou o valor cobrado em 6%, de R$ 0,92 para R$ 1,22 por litro.
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Para minimizar o aumento, a Petrobras passou a reduzir o preço do combustível nas refinarias. Antes do aumento de R$ 0,34 na cobrança do PIS/Cofins, a petrolífera promoveu duas reduções, de R$ 0,13 e R$ 0,14 no preço da gasolina. No entanto, os postos de combustíveis ignoraram a redução e só repassaram o aumento ao consumidor, chegando a R$ 0,50 por litro, acima dos R$ 0,34 previstos.
Alguns estabelecimentos elevaram o preço de R$ 4,99 para R$ 5,49 no sábado. Durante o fim de semana, as empresas recuaram e o valor nas bombas caiu para R$ 5,29. Um estabelecimento no Conjunto Aero Rancho tinha elevado para R$ 5,59. Agora reduziu para R$ 5,49.
Por outro lado, há estabelecimentos cobrando R$ 5,79 pelo litro da gasolina em dinheiro ou no débito. Isso significa que a variação chega a R$ 0,60 por litro. Com a variação grande, o consumidor pode economizar R$ 30 para encher um tanque de 50 litros.
Fiscalização
Durante fiscalização na segunda-feira, o Procon Municipal notificou apenas um posto de combustível por ter elevado o preço do etanol sem justificativa, de acordo com o subsecretário, Cleiton Thiago. A fiscalização continua nesta semana e o objetivo é combater o aumento abusivo.
A população pode denunciar pelo telefone 156.