Os postos de combustíveis de Campo Grande decidiram antecipar o reajuste no preço da gasolina, que deveria subir só amanhã (1º) com a volta dos tributos federais, e abusaram no aumento do combustível. O litro da gasolina ficou até R$ 0,50 mais caro ainda na quinta-feira (29) na Capital, acima da previsão inicial de R$ 0,34.
O consumidor campo-grandense é o principal prejudicado pela estratégia dos empresários. Na semana passada, parte dos estabelecimentos ignorou a queda de R$ 0,13 no litro do derivado do petróleo na cidade. A Petrobras reduziu o preço nas refinarias como parte da estratégia para minimizar a alta no PIS/Cofins.
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O Ministério da Fazenda decidiu retomar a cobrança dos tributos federais, que estava suspensa desde meados do ano passado como parte da estratégia para reduzir o preço ao consumidor e ajudar na reeleição de Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente manteve a política de preços da Petrobras, mas zerou os tributos federais e aprovou a redução do ICMS por meio de lei aprovada pelo Congresso Nacional.
A partir deste sábado, a gasolina terá acréscimo de R$ 0,34 no litro por causa do PIS/Cofins. O etanol vai subir R$ 0,22. Em fevereiro deste ano, o Governo Lula já tinha retomado parcialmente o tributo, com a volta da cobrança de R$ 0,47 sobre a gasolina e R$ 0,02 no etanol.
Só que os donos de postos decidiram não esperar e anteciparam o aumento em 48 horas, antes mesmo de pagar mais caro pelo combustível. Em parte dos postos, a gasolina passou de R$ 4,99 para R$ 5,49. A alta varia entre R$ 0,30 e R$ 0,50 por litro.
Em alguns locais, ainda persiste o preço antigo, de R$ 4,89 a R$ 5,09 à vista.