Com o objetivo de se transformar em peça chave nas eleições de 2024 em Campo Grande, o ex-governador André Puccinelli (MDB) trabalha para “bombar” nas redes sociais com o lema “saudade do meu ex”. O emedebista mantém negociações com todos os partidos, mas principalmente, com tucanos e bolsonaristas.
Prefeito da Capital e governador do Estado por dois mandatos, André passou a divulgar as obras marcantes realizadas no município, que garantiram a fama de “tocador de obras”. A meta é refrescar a memória do eleitor, principalmente, porque as obras foram inauguradas há décadas.
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O esforço de Puccinelli pode ser conferido em vídeos curtos publicados no Facebook e Instragram. Em um deles, ele lembra que a Avenida Fernando Corrêa da Costa, no Centro, era palco frequente de alagamentos e foi totalmente urbanizada. O mesmo ocorreu com o prolongamento da Avenida Ernesto Geisel, que era ocupado por favelas.
André relembra a construção do Camelódromo, que acabou com as barracas distribuídas nas vias centrais, a Feira Central, o Parque do Sóter, entre outras obras, que resume para se apresentar como um prefeito que preparou a Capital para o futuro. “Até 2030”, reforça.
Enquanto tenta conquistar o eleitor com as obras do passado, o ex-prefeito retomou a aliança com o PSDB, desfeita com a eleição de Reinaldo Azambuja (PSDB) em 2014. Os tucanos estão investindo na candidatura a prefeito do deputado federal Beto Pereira, que foi prefeito de Terenos por dois mandatos.
Na semana passada, o ex-governador conversou com o deputado federal Marcos Pollon (PL), o candidato a prefeito do bolsonarismo em 2024. Oficialmente, não houve tratativa de acordo. Puccinelli votou em Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno e se identificou com o bolsonarismo até ser atropelado pelo deputado estadual Capitão Contar (PRTB) e ficar de fora do segundo turno.
“Ainda é muito para decidirmos sobre candidatura própria, mas, todo partido busca ocupar espaços e é natural que o MDB também tenha a pretensão de disputar a cadeira do executivo municipal”, afirmou o advogado Ulisses Rocha, presidente municipal do partido.
“Conversando com todos. Reinaldo (Azambuja) e Sérgio de Paula, do PSDB. Pollon do PL. Rose Modesto, do União Brasil, Lucas de Lima do PDT. Vander Loubet, do PT . Como digo sempre ‘conversar não tira pedaço’. É o MDB comigo e o Moka”, afirmou André.
Puccinelli admitiu que pode disputar a prefeitura, mas não pretende se arriscar na disputa se não tiver chances. O emedebista não quer repetir o vexame do ano passado, quando ficou de fora do segundo turno para dois novatos na política, Contar e Eduardo Riedel (PSDB).
Pollon e Beto são os principais nomes definidos para enfrentar a prefeita Adriane Lopes (PP), que trocou de partido para aumentar o cacife político na disputa. O PT está dividido entre o deputado estadual Zeca do PT e a advogada Giselle Marques.