Após a queda de R$ 0,10 na semana passada, ignorada por parte dos postos de combustíveis de Campo Grande, o preço da gasolina vai ter aumento no sábado (1º) com a volta total do PIS/Cofins. O etanol deverá ter acréscimo de R$ 0,22 por litro. A estimativa é do Sinpetro (Sindicato dos Revendedores de Derivados do Petróleo em Mato Grosso do Sul).
Os tributos foram zerados em meados do ano passado pelo Governo de Jair Bolsonaro (PL) como parte da estratégia para reduzir os preços dos combustíveis para reduzir o dano eleitoral para o então presidente. Na ocasião, a gasolina chegou a ultrapassar R$ 7 na Capital e superou R$ 8 no interior.
O Governo Lula decidiu retomar progressivamente os tributos federais sobre os combustíveis. Para minimizar o impacto, a Petrobras vem reduzindo os preços desde o início do ano. Na semana passada, a companhia reduziu o litro da gasolina em R$ 0,13.
No entanto, parte expressiva dos postos de combustíveis ignorou a queda e ampliou os ganhos, prejudicando o consumidor. Alguns estabelecimentos mantiveram o preço entre R$ 5,09 e R$ 5,19.
Pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo) apontou redução no preço médio de R$ 5,13 para R$ 5,03, enquanto o menor valor praticado na Capital oscilou de R$ 4,97 para R$ 4,79. O maior caiu de R$ 5,39 para R$ 5,29.
O Governo federal voltará a cobrar mais R$ 0,22 por litro da gasolina e etanol, segundo o Ministério da Fazenda. Em março deste ano, a volta parcial encareceu o primeiro combustível em R$ 0,47 e o segundo em R$ 0,02.
De acordo com Edson Lazarotto, do Sinpetro, o impacto para o consumidor será de R$ 0,34. Isso significa que o preço médio da gasolina pode passar de R$ 5,03 para R$ 5,37, enquanto menor preço, de R$ 4,79 para R$ 5,13. O maior preço vai chegar a R$ 5,63.
Já o etanol passará de R$ 3,54 para R$ 3,76, em média, enquanto o preço deverá oscilar entre R$ 3,61 e R$ 3,91.
Apesar do aumento, os preços ainda estão longe dos R$ 7 de meados do ano passado. Contudo, as vendas tiveram queda de 20% neste ano no Estado, de acordo com Lazarotto.
Ele atribui a falta de uma política clara por parte da Petrobras. “Tudo está muito incerto , depende somente da Petrobras”, afirmou.