Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos Bitcoins”, negou dar a senha do seu computador à Polícia Federal, mesmo que isso fosse garantir redução de sua pena em uma provável condenação. A máquina, apreendida na Operação Kryptos, em agosto de 2021, tem R$ 400 milhões em criptomoedas e está na Superintendência da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro.
O computador tem uma uma Dash Core, carteira de criptomoedas denominadas “dash”, que vale mais do que o dobro dos 591 bitcoins apreendidos na casa de Glaidson, quando ele foi preso na Kryptos, segundo o jornal Extra. Estas moedas, encontradas em duas carteiras, foram estimadas à época em R$ 147 milhões.
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A PF teme que, uma vez solto, Glaidson consiga fazer um backup da Dash Core e, com a senha, saque as criptomoedas e desapareça com elas. Dash é um dos 10 mil tipos de criptomoedas em circulação.
Os bens e valores apreendidos pela Kryptos — sem incluir as dashs — foram estimados em R$ 400 milhões. Há quase dois anos, encontram-se sob custódia da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, onde tramita a ação judicial por crime contra o sistema financeiro nacional que tem como réus Glaidson, a mulher do “Faraó”, Mirelis Zerpa, e outras 15 pessoas.
Em março do ano passado, Ministério Público Federal denunciou a advogada Eliane Medeiros de Lima, presa em Campo Grande, por ocultar dinheiro das autoridades durante a fuga da venezuelana Mirelis Zerpa, esposa de Glaidson Acácio dos Santos.
Presa pela Polícia Federal na Operação Valeta, a empresária sul-mato-grossense é acusada de ajudar a esconder parte de R$ 1 bilhão. Eliane Medeiros já havia sido denunciada pelo MPF por movimentar R$ 324 milhões para a organização criminosa do “Faraó dos Bitcoins” por meio da empresa CointradCX.
De acordo com investigação da PF, ela também é acusada de lavar dinheiro para o narcotraficante Luiz Carlos Rocha, o Cabeça Branca.