O ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB) admite que poderá apoiar a candidatura a prefeito de Campo Grande do deputado federal Marcos Pollon (PL) como parte da estratégia para unificar os bolsonaristas. Por outro lado, ele descarta ser candidato a vereador para puxar votos na Capital.
Atualmente filiado ao PRTB, ele foi candidato a governador no ano passado e passou para o segundo turno após a declaração de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, na etapa final, o liberal se declarou neutro e provocou a divisão dos bolsonaristas entre Capitão Contar e Eduardo Riedel (PSDB), que acabou vencendo o pleito.
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Com o objetivo de evitar essa divisão, o ex-deputado admite ceder o papel de líder do bloco bolsonarista para Pollon, que foi o campeão de votos como deputado federal. “O melhor nome deverá contar com o apoio de toda direita, que deve estar unida no objetivo de enfrentar o velho sistema trazer novos rumos para os executivos municipais”, afirmou o ex-deputado.
“Se o nome dele (Pollon) for o mais viável e tiver o apoio de Bolsonaro, sim apoiarei. E sei que ele também me apoiaria nessa condição. É uma questão de viabilidade e condição. O eleitor espera muito de nós”, contou.
A outra liderança do grupo, o deputado estadual João Henrique (PL), que já disputou a prefeitura em 2020, também estaria disposto a participar do projeto. “Converso muito com o Dep João Henrique, que também tem coragem de enfrentar o sistema”, afirmou.
Capitão Contar desmentiu as especulações que poderia disputar uma vaga na Câmara Municipal para puxar votos. “Quero poder retribuir e apoiar futuros vereadores (as) de direita na Capital e também no interior. Não está nos meus planos ser candidato a vereador”, garantiu.
O maior desafio será unir os bolsonaristas na Capital. A prefeita Adriane Lopes (PP) está no partido da senadora Tereza Cristina, que vem se mantendo fiel a Bolsonaro no Senado. A ex-ministra da Agricultura foi fundamental para Riedel dividir o apoio do ex-presidente com Capitão Contar no segundo turno.