Exonerado do cargo de diretor-presidente da Fundação de Cultura, nesta segunda-feira (19), Max Antônio Freitas da Cruz divulgou um longo texto para comunicar as razões de ter deixado o Governo do Estado. Entre os motivos, ele diz que não se adaptou à gestão da Secretaria Estadual de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania.
Max Freitas explicou que 2023 foi um ano “pesado” em sua vida, porque sua mãe lutou meses pela vida contra uma doença, mas faleceu em março. Além disso, teve a troca de comando do Executivo, que “vem junto também, algumas ações administrativas que não é de meu perfil, algo novo, totalmente diferente da minha passagem pela Diretoria da Fundação de Cultura em 2019 e meados de 2020”.
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“Governo, novo, gestão nova e administração nova, algo que não soube acompanhar, ou talvez que realmente não concordava e não quis acompanhar!”, diz Freitas.
“Hoje, deixo a Fundação de Cultura leve, ainda mais com 5 meses e 10 dias apenas, podemos vê o Governo do Estado de MS, através da Fundação de Cultura realmente realizar em conjunto aos blocos independentes o Carnaval dos Blocos Independentes de Campo Grande, na esplanada e em diversos espaços públicos de Campo Grande!”, discorre.
O ex-presidente da Fundação de Cultura enumera algumas realizações de sua curta gestão. Como o Festival de Teatro Boca de Cena, entrega do restauro da Casa do Artesão, projetos Nossa Feira é Show na Feira Central e Cultura em Movimento 60+, feira Balaio em Campo Grande e Dourados, Cultura vai à escola, entre outros.
Max Freitas afirma que lançaria, em parceria com o Sesc, a retomada do antigo Projeto MS Canta Brasil, que agora ganha o nome de MS É SHOW, com show do Nacional Natiruts e Carla Coronel, mas foi remarcado para dia 16 de julho, no Parque das Nações, devido às condições climáticas.
O produtor cultural diz que MS foi o sexto estado a concluir a Lei Paulo Gustavo e deve injetar aproximadamente R$ 27 milhões através de recurso federal, até 30 de julho.
“Vê a necessidade de cuidar mais da minha saúde, estar mais presente a minha família que me distanciei nesse período e traçar novas metas e objetivos, novos projetos estão por vir em minha vida, mas tirar o pé do acelerador e ficar mais próximos dos que amamos ainda mais a poucos meses descobrir que tudo pode passar mais rápido do que pensava! Prefiro dizer a todos um até breve, fiquem leve em paz e continuem acreditando que a Cultura é uns dos maiores agentes transformadores que é!”, conclui.
Nos bastidores, a informação é de que havia um confronto entre Max Freitas e o secretário estadual de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania, Marcelo Ferreira Miranda, que culminou na saída do primeiro do governo. Esta é a primeira mudança feita pelo governador Eduardo Riedel (PSDB) antes de completar seis meses.