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    Opinião

    No Divã Em Paris – Feminicídio, doença de macho mal resolvido

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt17/06/20234 Mins Read
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    Mário Pinheiro, de Paris

    O feminicídio é hoje um problema universal. É um crime contra a mulher por motivos fúteis e atinge todas as classes sociais. É o resultado de rupturas inaceitáveis, domínio da mente e do corpo, assédio, pressão física e psicológica.

    É uma guerra silenciosa onde o companheiro violento pode inventar razões inexplicáveis, encontrar piolho na cabeça de cobra, até matar por amor. Ele, por ser homem, afirma que mata pra lavar a honra.

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    Ela, por ser mulher, por solicitar ajuda e socorro na hora da violência, sai, às vezes, com dentes quebrados, hematomas na garganta, nos olhos, nas pernas, em outras ocasiões, paraplégica, morta por tiro, facada ou porrada.

    Os crimes contra elas, hediondos pelo modus operandi, utilização de todo tipo de objeto que serve de arma, são puníveis com o rigor da lei, mas a lei pode ser laxista com os machões se a jurisprudência ignora o termo feminicídio.

    Romper um relacionamento doentio é direito da mulher, o divórcio sempre existiu. No quesito do mundo do trabalho, há mulheres inteligentes, profissionais competentes que ganham mais que o cônjuge e que, portanto, não se gabam, não humilham o companheiro que possa ganhar menos.

    Há homens que aprenderam lavar louça, limpar banheiro, fritar um ovo, trocar fralda de bebê, limpar a casa, retribuir o carinho de quem ama. Mas existem uns cabras frios e traiçoeiros piores que serpente, aqueles que dormem com o punhal sob o travesseiro, outros tentam envenenar a relação de forma bruta, isto é, vão ao boteco, enchem o caco, tropeçam nas palavras, não falam coisa com coisa e depois se sentem no direito de brigar e passar a situação a limpo.

    Há aqueles que seguem a esposa ou colocam detector no carro para saber onde ela vai, isso chama-se doença.

    Os dados oficiais da ONU mostram que os crimes contra mulheres não são de hoje. A cada hora, mais de cinco pessoas do sexo feminino morrem assassinadas por um próximo. A violência conjugal pode começar do ciúme, da ignorância do companheiro e de seu próprio machismo, o que seria uma relação tóxica.

    Se a mulher descobre que o companheiro saiu com outra (s), ela vai se sentir no direito de fazer o mesmo, é o ditado do chumbo trocado. A fidelidade seria somente para a mulher?

    Estima-se que em 2021 mais de 45 mil mulheres foram mortas no mundo pelo companheiro, ou mesmo por um membro da família. O relatório da Nações Unidas diz que as mulheres, sem falar da dupla jornada de trabalho, vivem sob ameaças e violências diariamente no mundo todo.

    Cada país é soberano com suas leis para julgar os excessos masculinos, mas a impunidade é o paradoxo da justiça. Geralmente o crime contra a mulher é premeditado, calculado, visto que o ex ou atual conhece os costumes, as idas e vindas da vítima.

    Os instrumentos de luta contra o feminicídio pode estar no jurídico, na união contra a discriminação feminina nas organizações e manifestações. A violência contra elas deve se tornar pública, envolver parlamentares, melhorar as políticas públicas. Em todos os países da Europa, em maior ou menor grau, existe o crime de caráter sexista, mas há cooperação judiciária no domínio penal e o Conselho da União Europeia.

    (*) Mário Pinheiro é jornalista pela UFMS, mestre em Sociologia da Comunicação, filósofo e doutor em Ciências Políticas ambos por Dauphine, Paris. Ele escreve aos sábados.

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