O índice de famílias “no vermelho” em Campo Grande voltou a cair no mês de maio deste ano, registrando o número de 58,3% de endividados na Capital, contra 59,4% no mês de abril, conforme Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
O levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, mostra que os endividados com contas em atraso correspondem a 28,8% dos entrevistados e os que não terão condições de pagar as dívidas somam 11,5%.
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Em números absolutos, são 187.761 famílias endividadas em maio, seja com cartões de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, carnês de lojas, financiamento de carro ou casa.
O cartão de crédito continua na liderança absoluta como principal fonte de endividamento dos campo-grandenses (70,1%), seguido pelos carnês (17,4%). Crédito pessoal (11%), financiamento de carro (9,3%), financiamento de casa (8,4%) vêm logo em seguida.
“Um dado preocupante é o percentual de famílias que não terão condições de pagar as contas em atraso, de 40%. E para quem ganha até 10 salários mínimos é ainda maior (45,3%), o que demonstra o impacto do endividamento e dos juros elevados no orçamento das famílias de menor renda”, afirma a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS, Regiane Dedé de Oliveira.
O Governo federal publicou nesta semana a Medida Provisória que lança o Desenrola Brasil, programa de renegociação de dívidas para pessoas físicas. O plano vai beneficiar consumidores que possuem débitos de até R$ 5 mil, ou seja, boa parte do 1 milhão de inadimplentes de Mato Grosso do Sul. A expectativa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é que a iniciativa esteja em vigor em julho, permitindo a adesão de credores e devedores.