O ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e a senadora Tereza Cristina (PP) querem manter a parceria entre os dois partidos, que devem controlar 69 dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul. No entanto, os tucanos querem desalojar os progressistas dos dois maiores colégios eleitorais do Estado e vão para o confronto em Campo Grande e Dourados.
A princípio, a estratégia é manter a aliança nos municípios em que for possível. No entanto, o PSDB vai manter a candidatura do deputado federal Beto Pereira para enfrentar a prefeita Adriane Lopes (PP). Em Dourados, o partido também não pretende apoiar a reeleição do prefeito Alan Guedes (PP).
Veja mais:
Com Adriane na Capital, Tereza pode frustrar planos de total hegemonia do PSDB em MS
Ciro Nogueira lança nome de Tereza Cristina para substituir Bolsonaro nas eleições de 2026
Adriane Lopes aposta no PP para lançar grandes projetos e se fortalecer para disputar reeleição
No segundo maior colégio eleitoral, os tucanos poderão apostar na candidatura do deputado federal Geraldo Resende, que sempre sonhou e nunca levou a prefeitura, ou na deputada estadual Lia Nogueira.
A reunião entre os presidentes do PSDB e PP, respectivamente, Azambuja e Tereza, ocorreu no domingo após a repercussão negativa da ausência da senadora na sexta-feira. Alguns chegaram a publicar que Tereza Cristina não compareceu ao encontro após o vazamento na imprensa.
Os dois partidos vão buscar a reeleição dos atuais prefeitos e um nome competitivo para desalojar o outro do executivo municipal. O risco da aliança é repetir o que ocorreu no passado entre o MDB e o PT. Os dois partidos fizeram um pacto de não agressão na disputa da prefeitura de Campo Grande e de apoiar o outro no 2º turno. André Puccinelli (MDB) enfrentou Zeca do PT na etapa final em uma disputa acirradíssima e o venceu por 411 votos. Desde então, os dois partidos se tornaram inimigos ferrenhos.