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    No Divã Em Paris – Quando o ego ofusca o brilho da justiça

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt03/06/20233 Mins Read
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    Mário Pinheiro, de Paris

    “Existe um dever de obediência na política dos pais, nos atos de litígio ou na bondade da malícia intrínseca de seus atos no cotidiano. A sensibilidade que falta à criança numa reprovação dos pais faz com que ela possa se sentir culpada ou mesmo tentar uma revanche. O arrependimento, a promessa e o perdão são fatores que acompanham este ciclo da vida tanto dos genitores quanto da criança”.

    O ego pode entrar num conflito com o superego. “No caso de uma tensão agressiva ou sexual, a culpabilidade pode sair do interior, subir na superfície, chutar o pau da barraca, expor uma situação de angustia, de indignidade e de autoacusação. É uma experiência de tortura em casos extremos”.

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    Mas vamos ao que interessa no âmbito do desespero, da angustia e do sentimento de perseguição. O menino se torna advogado, faz o concurso e vira procurador federal. O ego brilha, brilha tanto que ele refaz o caminho tortuoso do Poder Judiciário.

    Sem nenhuma surpresa, ele agarra a via religiosa e se diz trombeta da verdade com poder de acreditar nas convicções. Mas convicções não são provas, que diga a filosofia, a ciência política e o próprio direito. Tudo leva crer que a ditadura do Poder Judiciário, se não passar por uma reforma necessária, vai ofuscar o brilho já manchado da toga tão convicta de si mesma.   

    O problema é que a convicção não é um mero caso de passagem do procurador, ela está também na corte suprema. Uma ministra brasileira, diante de um acusado apontado pelo dedo da opinião pública, disse: “não tenho provas contra o senhor, mas vou te condenar porque a jurisprudência me permite”.

    Entre o procurador e a ministra não há diferença, mas a ministra não é a única em condenar inocente. Numa entrevista, seu colega de corte fez mea-culpa por ter condenado alguém sem provas. A condenação do ex-presidente também foi baseada em convicção.

    Convicção é armação e invenção de algo inexistente. O ego de quem usa a toga precisa rever as próprias convicções de como acabar com os inimigos. Sócrates bebeu a sicuta, aceitou a morte porque a magistratura falhou e era impossível fazer sombra ao ego da toga. 

    Seria um erro grosso preservar o superego sob o aspecto e pressão de justiceiro da republiqueta de Curitiba e também da suprema corte. O Poder Judiciário brasileiro cometeu o erro em acreditar que Bolsonaro seria a salvação numa situação política caótica que eles ajudaram a criar. O ego riscado faz com que se tente lustrar o que resta de brilho na sombra.

    A consciência moral não perdoa. Quem solicita exoneração e tenta driblar a lei pra fugir de condenação, reclama do palco que ela mesmo ajudou na montagem. O processo administrativo disciplinar mostra que tudo é efêmero, que a língua ainda é o chicote do traseiro. Da noite para o dia o ego ofusca seu brilho.

    O ego é livre, não é uma consciência ética. O pior no ego de quem julga e condena inocente ou mesmo alguém que rouba um shampoo, é o sentimento de prazer com o instinto de satisfação. 

    (*) Mário Pinheiro é jornalista pela UFMS, mestre em Sociologia da Comunicação, filósofo e doutor em Ciências Políticas ambos por Dauphine, Paris. Ele escreve aos sábados.

       

    filosofia MÁRIO PINHEIRO NO DIVÃ EM PARIS política nacional

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