O capitão da Polícia Militar, Paulo Roberto Teixeira Xavier, será um dos primeiros a depor no júri popular sobre a execução brutal do filho, o universitário Matheus Coutinho Xavier. O julgamento de Jamil Name Filho, 46 anos, do policial civil Vladenilson Daniel Olmedo, e do guarda civil Marcelo Rios vai começar no dia 17 de julho pelas testemunhas de acusação.
Conforme despacho do juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, publicado nesta sexta-feira (2), serão ouvidas 13 testemunhas. O Ministério Público Estadual arrolou cinco oitivas. O militar será uma delas e será ouvido na condição de informante.
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De acordo com a investigação feita na Operação Omertà, deflagrada pelo Garras e pelo Gaeco, Matheus Coutinho foi executado por engano no lugar do pai. Jamil Name e o filho não teriam perdoado a suposta traição do capitão por ter passado para o lado de um pecuarista paulista em uma negociação de uma fazenda em Jardim.
No entanto, os supostos pistoleiros, Juanil Miranda e José Moreira Freires, o Zezinho, erraram o alvo e executaram o universitário, que manobrava a caminhonete do pai.
Esta é a 4ª data que a Justiça tenta realizar o júri. A primeira foi em outubro de 2020. A segunda foi marcada para 15 de fevereiro deste ano. O magistrado se antecipou ao STJ e adiou para maio, quando tentaria viabilizar a participação de Jamizinho fisicamente. Os advogados do empresário alegaram que a defesa plena ficaria comprometida com a participação virtual.
No entanto, o ministro Rogério Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça, concedeu a liminar para suspender o júri até o julgamento do mérito do habeas corpus. Ele acabou liberando o julgamento, mas condicionou à presença física de Jamilzinho.
O Departamento Penitenciário Federal já começou a planejar a transferência para cumprir a determinação do juiz, que mandou transferir Jamil Name Filho e Rios para a participação no júri na Capital. Olmedo será recambiado para um presídio estadual após o juiz federal negar o pedido para mantê-lo no Presídio Federal de Mossoró.
Das testemunhas, segundo o juiz, serão três de defesa de Jamilzinho, trêrs de Vladenilson e duas de Marcelo Rios. A expectativa é de que o júri dure de três a cinco dias.