Os eleitores bolsonaristas não gostaram da postura do deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP), que votou a favor da Medida Provisória dos Ministérios proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Bombardeado nas redes sociais, o progressista se defendeu e justificou que o petista foi eleito para governar e tem a “prerrogativa de presidente” para formar o seu ministério.
Durante a solenidade de filiação da prefeita Adriane Lopes ao PP, na noite de quinta-feira (1º), o deputado mencionou a cobrança. “Estou sendo cobrado pelo voto positivo”, admitiu o progressista.
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Na avaliação do parlamentar, o aumento indiscriminado no número de ministérios, de 23 para 37 pastas, é “oneroso”. No entanto, ele justificou-se: “O gasto será ainda maior para os cofres públicos voltar atrás, sendo que a mudança, ou seja, o aumento ministerial, já havia sido consumado desde o começo do (des) governo Lula!”, explicou-se.
“Não seremos oposição apenas por oposição, temos que ter coerência nas nossas atitudes”, justificou-se o parlamentar, que foi um dos mais beneficiados pela liberação de emendas pelo petista.
Nas redes sociais, o deputado foi chamado de traíra. “Dr. Ovando é mais um que trai a nossa causa e nossos Valores de Deus, Pátria e Família ao apoiar os 37 Ministérios do DITADOR LULA. Quer conhecer o homem de a Ele o PODER. Como a Bíblia diz é mais fácil um Camelo passar pelo vão de uma Agulha do que RICO entrar no Reino do Céu”, postou um.
“Por que o Sr. votou a favor da manutenção dos 37 ministérios de Lula?”, questionou outra. “É uma decepção para nós devia ter votado não”, comentou outra.
Além de Dr. Ovando, a proposta foi aprovada com o voto dos deputados federais Beto Pereira, Camila Jara, Dagoberto Nogueira, Geraldo Resende e Vander Loubet. Apenas Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira votaram contra.
No Senado, Nelsinho Trad e Soraya Thronicke aprovaram a MP dos Ministérios, enquanto Tereza Cristina foi contra.