Os termômetros têm mostrado temperaturas mais baixas no Centro-Oeste nos últimos dias, em um anúncio da proximidade do inverno. A verdade é que são poucos os dias de friozinho ou tempo fresco na comparação com os de altas temperaturas. Levando o marcador dos termômetros às alturas na maior parte do ano, as temperaturas extremas causam desânimo, mal estar e, até, ataques cardíacos.
Há quem saiba, mas muita gente ignora que as elevadas temperaturas são um perigo para pessoas com problemas cardiovasculares e hipertensas. O calor estressa o sistema cardiovascular e representa um desafio, porque o organismo tenta manter a temperatura do corpo a 38º C. Mesmo quando não é alto verão no Brasil, as temperaturas chegam com facilidade a 38ºC e 39º, passando sem surpreender os 40ºC.
Conforme a Fundação Germânica do Coração, essa pressão ambiental é um desafio, em especial, para pessoas mais velhas porque, com o avanço dos anos, os órgãos ficam mais vulneráveis e a regulação da temperatura corporal é mais difícil. Diante da inevitável fragilidade imposta pela idade, a prevenção ainda é o melhor cuidado para ficar longe de um ataque cardíaco.
Beber líquido e evitar o álcool estão entre os primeiros conselhos. Dias quentes exigem entre dois e quatro litros de água, já que o líquido dilui o sangue e ajuda a evitar o entupimento das artérias coronárias. Para saber se a água consumida é suficiente, basta analisar a cor da urina, quanto mais clara, melhor.
É preciso consultar o médico sempre, até para saber quanta água tomar
Nem tudo é tão simples, já que beber água em demasia também não ajuda as pessoas com problemas cardíacos. Isso acontece porque o coração precisa bombear grandes quantidades de de fluído através dos vasos sanguíneos e pode ficar sobrecarregado. Nesse caso, o ideal é sempre considerar a avaliação médica, onde será repassada a diferença de peso para a necessária hidratação.
Abusar do álcool, contudo, é realmente ruim, já que as bebidas alcoólicas (mesmo aquela cervejinha gelada) desidratam o corpo e retiram minerais importantes. Quem não consegue dispensar a cervejinha gelada pode trocá-la por uma versão sem álcool ou um isotônico. Esse último é o ideal, porque ajuda a repor os eletrólitos.
Não são só as bebidas que merecem atenção, a alimentação adequada também ajuda a afastar os danos causados pelas oscilações de temperatura e evitar problemas cardiovasculares. Em dias quentes, não precisam ir para a mesa os alimentos ricos em gordura, de difícil digestão e que sequestram os minerais do corpo. São bem vindos pepinos, melancias e abobrinhas, que contém muita água.