O ex-governador André Puccinelli (MDB) negou que pediu cargos para os filhos, os advogados Denise e André Puccinelli Júnior, em troca do apoio do seu partido ao PSDB. “É fake news”, reagiu o emedebista, que negou incluir os herdeiros na política. “Nunca inclui meus filhos nem minha mulher na política”, destacou.
De acordo com o Campo Grande News e o Investiga MS, André estaria azedando as conversações com os tucanos por causa das exigências para abrir mão da disputa e apoiar os caciques do PSDB.
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A primeira condição seria indicar a filha Denise, que nunca disputou cargo eletivo, para ser candidata a vice-prefeita da Capital na chapa encabeçada pelo deputado federal Beto Pereira (PSDB). O tucano é pré-candidato e conta com o apoio do presidente regional da sigla e ex-governador, Reinaldo Azambuja.
A outra exigência do ex-governador era garantir a indicação do filho, o advogado André Puccinelli Júnior, para a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, onde teria salário de aproximadamente R$ 70 mil, considerando o subsídio de R$ 35,4 mil e mais os penduricalhos. Além disso, o cargo é vitalício e tem foro privilegiado no Superior Tribunal de Justiça.
Ele também negou que tenha exigido a posse como deputado estadual do primeiro suplente do MDB, o médico Diogo Bossay. “As três exigências não procedem, são fake news”, destacou André.
Sobre a vaga no TCE, o ex-governador explicou que só a vaga do conselheiro Waldir Neves é política. As outras duas, dos conselheiros Ronaldo Chadid e Iran Coelho das Neves, são técnicas. “E a vaga do Waldir é do PSDB”, afirmou o ex-governador.
A explicação do emedebista revela que pode estar ocorrendo nos bastidores uma negociação no entorno da vaga dos três conselheiros afastados pelo STJ na Operação Terceirização de Ouro. O prazo do afastamento termina no dia 8 de junho deste ano.
Waldir e Iran foram denunciados por peculato ao STJ, conforme despacho do ministro Francisco Falcão. Ronaldo Chadid foi denunciado por lavagem de dinheiro.
A manutenção do afastamento não foi solicitada pelo Ministério Público Federal. A expectativa é que esse pedido poderá ser feito até o dia 5 de junho.