O ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB) analisa convite para retornar ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro e ao qual ficou filiado poucos dias no início do ano passado. O convite foi feito pelo deputado federal Marcos Pollon (PL) e faz parte do plano para unificar a direita em um único partido em Mato Grosso do Sul.
Contar foi candidato a governador no ano passado e disputou o segundo turno com Eduardo Riedel (PSDB), que se elegeu governador. O militar conquistou 612,1 mil votos (43%) e se habilitou como das principais lideranças da direita no Estado.
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No ano passado, ele contou com o apoio de Pollon e do deputado estadual João Henrique Catan, que fazem parte do PL. No entanto, o Capitão acabou optando pelo PRTB porque o Partido Liberal já tinha optado em apoiar o candidato do PSDB para o Governo.
Pollon teria recebido a missão de Bolsonaro para unificar a direita no Estado. Ele pode ser o candidato do grupo na disputa da Prefeitura de Campo Grande.
“Sempre trabalhei para fortalecer e unir a direita. Inclusive foi esse o motivo que me fez ir para o PRTB, para que os sul-mato-grossenses tivessem essa opção verdadeira de um voto na direita. Independente de partido, esse trabalho continua. Vou continuar trabalhando junto do Catan, do Pollon e de todos que vierem somar com a gente. O que não podemos fazer é dividir. Quero retribuir, nos 79 municípios, a gratidão que tenho a todos”, afirmou Capitão Contar.
O convite para o ex-deputado se filiar ao PL foi feito nesta quarta-feira. O objetivo é unir os bolsonaristas no Estado. “Bolsonaro não precisa e não quer emissários, tem acesso direto a todos os seus verdadeiros líderes de direita, sempre”, afirmou Pollon, sobre as especulações de que o ex-presidente estaria procurando um nome fora do grupo para disputar a prefeitura de Campo Grande.
A declaração tem o objetivo de afastar os rumores de que Bolsonaro teria ligado e feito o convite para a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patri) se filiar ao PL para disputar a reeleição.
Fontes do Paço Municipal garantem que houve a ligação e a prefeita estaria dividida entre o PL de Bolsonaro e o PP da senadora Tereza Cristina.