Cotada para integrar a CPMI dos Atos Antidemocráticos na cota da base aliada, a senadora Soraya Thronicke (União Brasil) não é garante a fidelidade ao Governo Lula no Congresso Nacional. De acordo com o jornal O Globo, a parlamentar sul-mato-grossense votou, na legislatura passada, em 28% das ocasiões contra os interesses do PT no Senado.
A senadora chegou a propor a CPI dos atos de 8 de janeiro no Senado, mas a proposta acabou arquivada pelo presidente da casa, Rodrigo Pacheco (PSD). Ele exigiu a ratificação das assinaturas, mas apenas 15 dos 42 senadores mantiveram o apoio à investigação.
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No entanto, revelação de que o general Gonçalves Dias, então comandante do Gabinete de Segurança Institucional, acabou conversando e tendo uma relação amistosa com os invasores do Palácio do Planalto, a investigação ganhou força e passou a ser defendida até por aliados de Lula.
De acordo com o jornal, a maior parte dos aliados cotados para integrar a CPMI tem uma postura de votar contra o governo no Congresso Nacional. Soraya pode ser indicada pelo União Brasil para compor a comissão.
“Não voto em projeto de governo A ou B, e sim pelo que acredito ser certo e o melhor para o País. Então caso eu integre a CPMI como membro, manterei a minha independência como sempre fiz”, afirmou a senadora ao jornal carioca.
Ela pode ser a única de Mato Grosso do Sul a integrar a CPMI, que não teve a sua assinatura. Os senadores Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP) assinaram o requerimento para criar a comissão no Congresso.