Apesar da oposição da senadora Soraya Thronicke (União Brasil), a ex-deputada Rose Modesto foi nomeada, nesta terça-feira (2), para o cargo de superintendente de Desenvolvimento do Centro-Oeste. Nomeada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, ela assumirá o órgão federal com orçamento de R$ 169 milhões e promete focar no desenvolvimento social, cultural e ambiental.
Com a nomeação, Rose passa a integrar oficialmente o Governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ex-vereadora da Capital, ex-vice-governadora do Estado e ex-deputada federal, a ex-tucana vai dar visibilidade à Sudeco. Antes da professora, os indicados por Mato Grosso do Sul sempre tinham caráter mais técnico.
Veja mais:
Rose ignora decisão judicial e presidente do partido e realiza convenção do União Brasil
Juiz não vê irregularidade em decisões, mantém eleição suspensa e impõe outra derrota a Rose
Apesar da oposição de Soraya, Rose ganha força para ser nomeada superintendente da Sudeco
“Eu nunca pedi para sair do partido”, diz Rose, que admite disputar comando do União Brasil
“Trabalhar com foco no desenvolvimento mas sempre aliado com desenvolvimento social, cultural e ambiental. As ações da Sudeco no Centro Oeste precisam ser com olhar para o pequeno, médio e grande empresário seja no FCO empresarial ou Rural”, destacou Rose.
A Sudeco representa os estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e o Distrito Federal. O órgão tem orçamento previsto para este ano de R$ 169,5 milhões e fica em Brasília. O órgão foi extinto em 1990, mas acabou sendo recriado em 2011, na gestão de Dilma Rousseff (PT) para implementar políticas de desenvolvimento para os municípios da região Centro-Oeste.
Dos R$ 1,3 bilhão liberados para os municípios, a maior parte foi para Sorriso (MT), com R$ 79,5 milhões, Dourados, R$ 69,1 milhões, e Campo Grande, R$ 54,1 milhões. Outros 669,4 milhões foram liberados para os estados.
A Sudeco também comanda o FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste), que tem R$ 2,2 bilhões para financiamentos previstos para este ano somente para Mato Grosso do Sul. No total, o fundo dispõe de aproximadamente R$ 10 bilhões para as quatro unidades da federação na região.
Rose não teve o apoio da cúpula do União Brasil em MS para ser nomeada, mas teve o aval de caciques nacionais da legenda, inclusive do Mato Grosso. Um dos padrinhos seria o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), de Alagoas.
O Governo Lula começou a destravar as nomeações dos cargos federais apenas no mês passado.
No sábado, Rose ignorou a Justiça e a decisão da executiva nacional do União Brasil e realizou a convenção na qual foi eleita a nova presidente da sigla no Estado. No entanto, o Tribunal de Justiça concedeu liminar validando a convenção de 4 de abril, que elegeu o advogado Rhiad Abdulahad presidente.