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    Opinião

    Economia Fora Da Caixa – O que a Economia Comportamental tem a ver com malas e aviões?

    Especial para O JacaréBy Especial para O Jacaré01/05/20233 Mins Read
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    Albertino Ribeiro

    Em 2008 comecei a ler sobre Economia Comportamental e Psicologia Econômica. Na época, o assunto ainda era pouco conhecido no Brasil. Vera Rita, psicanalista e doutora em Psicologia Econômica, é uma das principais pesquisadoras do assunto no mundo.

    Inclusive, naquele mesmo ano, tive o prazer de ler o seu livro “Psicologia Econômica: Estudo do comportamento econômico e da tomada de decisão” – editora Elsevier. Mais tarde, em 2013, tive o privilégio de ter sido seu aluno em um curso, que é ministrado, por ela, todo ano na prestigiada faculdade FIPECAF, em São Paulo.

    Veja mais:

    Economia Fora Da Caixa – Sinergia do mal: Movimento antivacina e fanáticos liberais

    Economia Fora Da Caixa – Bolsa família contra a armadilha da pobreza extrema

    Economia Fora Da Caixa – Arcabouço fiscal e a Matrix neoliberal

    Diferente do pensamento clássico, a economia comportamental não parte da premissa de que o homem é um ser inteiramente racional (homo economicus) que só toma decisões baseadas na razão.

    Na verdade, quando tomamos decisões, somos influenciados pelos mais variados contextos, que podem ser, por exemplo, uma notícia impactante ou uma experiência ruim pela qual passamos. Muitas vezes somos influenciados por vieses cognitivos, que são atalhos mentais usados pelo nosso cérebro para responder às demandas do nosso dia a dia. Um desses vieses é o chamado Efeito Disponibilidade.

    Efeito Disponibilidade na prática

    O efeito disponibilidade é um viés cognitivo que nos leva a definir a probabilidade de um evento acontecer com base na facilidade com que lembramos dele. “Pode explicar mais, Albertino?”

    Recentemente em viajem, passei por alguns aeroportos brasileiros, inclusive, pelo nosso querido aeroporto de Campo Grande. Normalmente, não vejo um número significativo de passageiros procurando o serviço de envelopamento de malas.

    Contudo, desta vez, a procura estava maior, pois muitas pessoas queriam proteger suas bagagens para que não acontecesse com elas o mesmo que transformou num inferno a viagem das brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paolini, quando ambas foram presas na Alemanha porque pacotes de cocaína foram colocados em suas bagagens, por uma quadrilha, no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

    Reportagem do portal UOL, em 13 de abril, mostrou que em Guarulhos houve um aumento na procura pelo serviço de envelopamento de bagagens. “Segundo Fabio de Barros Silva, gerente de operações da empresa Protect Bag, o movimento aumentou em 20% após a repercussão do caso.”

    Também tive a curiosidade de ligar para a mesma empresa que atua aqui no Aeroporto de Campo Grande/MS. Segundo informação da diretoria, o movimento aumentou entre 30 a 40%.

    Destarte, podemos notar que o evento, por ser recente e de grande repercussão na mídia, influenciou o comportamento econômico das pessoas, inclusive, daquelas que nunca tiveram problemas com malas em aeroporto.

    O dinheiro que saiu das contas correntes dos passageiros foram engordar o caixa das empresas de proteção de bagagens em todo o Brasil. Não quero dizer com isso que as pessoas não devem ser mais cuidadosas em suas viagens; afinal, qualquer aumento em nossa segurança é sempre bem-vindo.

    Contudo, não podemos ignorar o poder do efeito de Disponibilidade. Quantas pessoas, por exemplo, já desistiram de uma viajem de avião porque alguns dias antes aconteceu um desastre? Nada racional, pois, segundo a ANAC, a possibilidade de um avião comercial cair é de 1,27 por milhão de voos.

    Sendo assim, se deixarmos nosso cérebro sempre no piloto automático, estaremos vulneráveis a vieses como o da disponibilidade e muitos outros, que poderão ser deletérios, inclusive, para o nosso bolso.

    (*) Albertino Ribeiro é economista e ensaísta. A coluna EcOnOmIA FoRa dA CaiXa é publicada aos domingos em O Jacaré

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