Pelo placar de 8 a 7, o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul decidiu aplicar a pena de advertência contra o médico Lívio Viana de Oliveira Leite, o Dr. Lívio (PSDB), pela atuação incompatível durante a perícia médica de Tiago Vargas (PSD) em 2020. Na ocasião, o tucano teria usado um vídeo e provocado o então policial civil, que reagiu com ameaças e acabou demitido em decorrência desse incidente.
A reunião do CRM/MS ocorreu na manhã deste sábado e foi festejada pelo vereador. Em vídeo publicado nas redes sociais, o vereador se emocionou ao falar do resultado do julgamento. Ele destacou que começou a ser feita Justiça.
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“Acabou de acontecer (15/04/2023) no Conselho Regional de Medicina (CRM\MS), a punição por (8 a 7) do Médico que em 2020 participou do maior esquema de perseguição de Mato Grosso do Sul para me excluir da Polícia Civil, não por ter cometido qualquer tipo de crime, mas por lutar contra políticos corruptos do meu Estado!!! Se DEUS prometeu ele vai cumprir”, afirmou Tiago.
De acordo com o advogado Ronei Barbosa, Dr. Lívio foi punido com advertência pela atuação incompatível na perícia médica. Na ocasião, Tiago estava afastado da Polícia Civil porque tinha sido diagnosticado com transtorno bipolar. Para provoca-lo, já que ele era famoso por criticar políticos corruptos e o então governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o médico teria mostrado um vídeo e provocado o policial.
Para o defensor, o resultado do julgamento do conselho deixa evidente que Vargas sempre esteve certo. O relatório apontou que a conduta teria sido desproporcional para o médico oftalmologista.
“Não vai me trazer de volta para a Polícia Civil nem minhas noites mal dormidas, mas será um alívio para o meu coração”, afirmou o vereador. Ele chorou ao comentar o resultado na rede social.
Durante a perícia, Tiago teria reagido com palavrões e feito ameaças à equipe de perícia, conforme relator de Dr. Lívio. Com base no boletim de ocorrência, o Governo abriu sindicância e demitiu Tiago Vargas do cargo de policial civil. Ele teve os pedidos para suspender a demissão indeferidos em primeira e segunda instância pela Justiça Estadual.
O julgamento pelo suposto crime de ameaça está marcado para o dia 10 de agosto deste ano. A audiência de instrução e julgamento será conduzida pela juíza May Melka Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal de Campo Grande.
Já a ação de Tiago Vargas para cancelar a demissão da Polícia Civil seria julgada na semana passada. No entanto, o Governo pediu o adiamento do julgamento marcado para a última quinta-feira (13) porque uma testemunha estava viajando. O juiz Fernando Paes de Campos, da 3ª Vara de Fazenda Pública, remarcou a audiência de instrução e julgamento para o dia 20 de junho deste ano.
Por causa dessa demissão, Tiago foi declarado inelegível pela Justiça Eleitoral e não pode assumir o mandato de deputado estadual, apesar de ter obtido mais de 18 mil votos. Ele corre risco de não poder disputar a reeleição como vereador da Capital.