A Justiça marcou para maio o leilão da sala comercial de João Amorim em decorrência do não pagamento de R$ 161,3 mil em condomínio. Conforme levantamento da leiloeira, o imóvel foi alvo de 22 ações de sequestro ou indisponibilidade da Justiça estadual e federal. Apesar do bloqueio nos processos por corrupção do empresário, a venda do imóvel está mantida porque dívida de condomínio tem prioridade.
Nesta semana, o juiz Cássio Roberto dos Santos, da 1ª Vara de Execução de Título Extrajudicial de Campo Grande, determinou a notificação dos juízes das varas que determinam a o bloqueio da sala comercial no Edifício Quinta Avenida, no Jardim dos Estados.
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O leilão em primeira praça está previsto para o dia 2 de maio deste ano. Na ocasião, o imóvel vai a venda por R$ 250 mil, preço de mercado. Em segunda praça, 9 de maio, a venda será pelo valor de 60% do valor, ou seja, R$ 150 mil. Nesta hipótese, o montante arrecadado não será suficiente para quitar a dívida de Amorim com o condomínio, de R$ 161.327,64.
O pregão está a cargo da IPC Leilões. De acordo com cálculo da leiloeira, o arrematante pode ser obrigado a pagar mais R$ 49.988,28, referente ao IPTU do imóvel, de R$ 22.527,88 e mais a taxa da venda de 10%.
Amorim deixou de pagar o condomínio em 2017. A sala comercial foi um dos alvos de mandado de busca e apreensão nas fases da Operação Lama Asfáltica, deflagrada pela Polícia Federal para apurar desvios nos cofres estaduais na administração de André Puccinelli (MDB). O dono da Proteco é acusado de ser um dos líderes da organização criminosa.
Em decorrência das ações penais, por improbidade e de cobrança, a sala comercial tem 22 ações de sequestro ou indisponibilidade, sendo 8da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos; 5 da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos; 5 da 3ª Vara Federal de Campo Grande; 2 da 4ª Vara Federal; e ainda uma da 5ª 6ª Vara Federal e da 3ª Vara Criminal da Capital.
No total, entre ações sigilosas e públicas, conforme o levantamento, João Amorim responde a 27 ações na Justiça. No entanto, o empresário só foi condenado em uma, por improbidade, no escândalo do lixo de que teria pago propina a Nelsinho Trad (PSD), conforme sentença do juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos.