As seguradoras decidiram abrir uma ofensiva contra a Energisa na Justiça para cobrar indenização pelos danos causados em equipamentos elétricos e eletrônicos. Na linha de que nunca perdem dinheiro, as empresas pagam o seguro residencial pelos prejuízos causados aos clientes, mas estão acionando a concessionária de energia para cobrar o valor desembolsado.
A ofensiva conta com uma enxurrada de ações protocoladas pelas seguradoras contra a Energisa nos últimos dias, como Maphre Seguros Gerais, Porto Seguro, Bradesco , Itaú Seguro, HDI Seguro, Tokio Marine Seguros, entre outras.
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Em uma das ações, a Maphre cobra R$ 18.274 pelo vago gasto com o pagamento de seguro nas cidades de Paranaíba, Sonora, Costa Rica, Nova Andradina, Sete Quedas e Novo Horizonte do Sul entre 2018 e 2022. Os valores foram pagos para cobrir prejuízos causados por alterações na rede elétrica ou falta de fornecimento por períodos prolongados.
A Bradesco Seguros ingressou com ação para cobrar R$ 3.572 para uma cliente da Vila Eliane, em Campo Grande. O problema na rede elétrica queimou uma TV e um aparelho de vídeo game.
A Porto Seguro pagou R$ 11,6 mil por uma TV de 75 polegadas que queimou em São Gabriel do Oeste. O valor está sendo cobrado da concessionária de energia elétrica. A Itaú Seguros está cobrando R$ 8,2 mil referente a um computador e um aparelho de televisão de 50 polegadas. A HDI Seguros acionou para conseguir o reembolso pela indenização paga por um freezer e um refrigerador que queimaram em Nova Andradina. A Tokio Marine está cobrando por vários seguros pagos em Corumbá, onde os valores variam de R$ 7,7 mil, a R$ 9 mil e R$ 10 mil.