Um projeto de lei apresentado pelo vereador André Luis (Rede) pretende tornar obrigatório o transporte de animais de estimação em veículos climatizados em Campo Grande. A proposta ocorre após a morte da cachorrinha Prada, uma buldogue inglês de 3 anos, que morreu minutos após voltar do banho em um pet shop na Capital.
“Recentemente, observamos perplexos o caso da cachorrinha Prada, que morreu após transporte inadequado, carente de ventilação e temperaturas adequadas, razão, que muito provavelmente, levou ao óbito”, justifica André Luis. O caso aconteceu no início deste mês de março e é investigado pela polícia.
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A médica Anelise Amaral, tutora da Prada, foi quem sugeriu ao parlamentar tornar obrigatório, através de projeto de lei, o transporte de animais de estimação por clínicas veterinárias, lojas de banho e tosa ou pet shops em veículos climatizados em Campo Grande.
“Acho que este projeto mudaria a vida de muitos animais, e de diversos membros de uma família. Sugeri esta ideia ao Vereador prof André depois de perder a nossa Prada por ser entregue agonizando após um banho no Petshop e ser imediatamente diagnosticada com hipertermia (aumento da temperatura corpórea) levando a um edema pulmonar agudo. Se trata de uma cachorra jovem, que era saudável e foi a óbito pela falta de condições adequadas e omissão dos responsáveis”, explica Anelise.
Ao defender sua proposta, o vereador André Luis destaca a importância que os animais de estimação têm nas famílias brasileiras.
“No Brasil atual é maior o número de animais domésticos nos lares do que o de crianças, isso se deve em razão do aumento da importância do animal na vida do ser humano. O que demonstra a necessidade de uma tutela normativa que estabeleça mínimas condições de transporte digno e seguro para esses seres”, relata o parlamentar.
O projeto de lei prevê “o transporte de animais de estimação no município de Campo Grande, realizado por clínicas veterinárias, lojas de banho e tosa ou pet shops, será realizado em veículos climatizados, providos de ventilação, iluminação e temperatura adequadas, em caixa de transporte com sistema de segurança que a imobilize dentro do veículo”.
A médica Anelise Amaral acredita que a medida vai ajudar a poupar que outras pessoas passem pela mesma tristeza que a família dela passou. Ainda mais levando-se em conta que a vida do animal de estimação não tem preço.
“No momento estamos pedindo por justiça, para que isso não ocorra com demais famílias e animais. Acredito ser um projeto de baixo custo para adesão dos pets, e además, acredito que aquele Pet que não preza pelo bem estar do seu animal, não merece estar no mercado. Não estamos tratando de um objeto que conseguimos precificar, e sim de um animal doméstico incluído em uma família multiespécie, aquela que tem seus animais como entes queridos”, conclui Anelise Amaral.
O projeto de lei deve passar pelas comissões relacionadas ao tema, antes de ir à votação pelos vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande. Após aprovado, caberá à prefeitura regulamentar a lei.