Internado desde a noite de terça-feira (14), após chegar ao hospital para realizar exames, o deputado estadual Amarildo Cruz (PT) morreu no início da tarde desta sexta-feira (17) aos 60 anos de idade. Agente tributário estadual e formado em Direito e natural de Presidente Epitácio (SP), ele estava no 5º mandato de deputado estadual.
A situação do parlamentar se agravou na quarta-feira, quando sofreu a primeira parada cardiorrespiratória e acabou sendo entubado. Desde ontem, a equipe médica admitia que a situação do petista era irreversível. A rapidez do agravamento do estado de saúde de Amarildo surpreendeu os médicos, amigos e familiares.
Amarildo participou da sessão da Assembleia Legislativa na terça-feira e procurou o hospital após se sentir mal para a realização de exames. Ele foi internado e, após dias lutando pela vida, acabou sofrendo a terceira parada cardiorrespiratória hoje. O parlamentar foi intubado para tratar de pneumonia grave.
A notícia da morte chegou a ser divulgada na manhã de quinta-feira (16), após ser confirmada por diversas fontes. No entanto, a assessoria do deputado desmentiu os boatos e informou que o petista seguia vivo, mas em estado gravíssimo. A partir de então, a família passou a autorizar a divulgação do boletim médico.
No início da tarde desta sexta, porém, mensagem compartilhada pelo irmão de Amarildo confirmou a morte.
“É com uma dor imensurável que está dilacerando o meu coração que comunico o falecimento do meu querido irmão Amarildo Cruz. Ele teve a terceira parada cardíaca, há cerca de meia hora atrás, após estar lutando bravamente pela vida nos últimos 03… 04 dias. Agradeço a todos que o amam, pelas orações e peço a Deus Pai Todo Poderoso, que o acolha em seu Reino e conforte os nossos corações.”, diz a mensagem compartilhada com familiares e amigos, e depois divulgada pela assessoria.
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A infecção evoluiu para uma miocardite viral, que atinge o coração. A família e amigos tentaram transferir o deputado do Proncor, onde estava internado, para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, mas o deputado não teria condições de aguentar a viagem. Devido ao estado de saúde de Amarildo, a Assembleia Legislativa abriu e fechou a sessão na manhã de quinta (16).
Amarildo é o terceiro deputado a falecer nos últimos cinco anos. Ele retornou ao legislativo em 2021 na vaga do deputado estadual Cabo Almi, que morreu em decorrência das complicações da covid-19. Onevan de Matos (PSDB) morreu e deixou a vaga para a atual deputada estadual Mara Caseiro (PSDB).
Amarildo Cruz nasceu em Presidente Epitácio (SP) e veio a Mato Grosso do Sul em 1981 para assumir a vaga de fiscal tributário. Ele cursou Direito e Ciências Contábeis, fez pós-graduação de Gestão Pública e se especializou em Ciência do Direito.
Filiado ao PT desde 1984, ele foi um dos fundadores do Sindicato dos Agentes Tributários de Mato Grosso do Sul (Sindifiscal/MS). Como coordenador geral tributário e financeiro da Secretaria de Fazenda na gestão de Zeca do PT, ele criou o Prático, atual Fácil.
Ele foi superintendente da Central de Compras do Estado e presidente da Agência Estadual de Habitação (Agehab) no mandato petista. Elegeu-se deputado estadual pele primeira vez em 2006 e se reelegeu em 2010 e 2014. Em 2018, ele ficou como suplente e assumiu a vaga de Almi em 2021. No ano passado, ele venceu mais uma eleição e estava no 5º mandato na Assembleia Legislativa.
Como deputado estadual foi autor da CPI da Saúde e tinha uma atuação voltada para em defesa dos direitos humanos e do movimento negro.