Quatro deputados federais de Mato Grosso do Sul – Beto Pereira (PSDB), Dr. Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira, do PL – assinaram o requerimento para criar a CPI para investigar o MST. A investigação faz parte da estratégia da oposição para desgastar o Governo Lula.
A proposta foi feita pelo deputado federal Tenente-coronel Zucco (Republicanos), do Rio Grande do Sul, e conta com 172 assinaturas. Conhecido como Gordinho do Bolsonaro, Rodolfo assinou duas vezes para inflar artificialmente o número de apoio à comissão na Câmara dos Deputados.
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Conforme o autor, a proposta visa investigar as invasões de terras promovidas pelo MST. A investigação não deverá atingir as ocupações feitas em Mato Grosso do Sul, já que foram praticadas por outro movimento, identificado como FNLT. O MST condenou as invasões no Estado.
Zucco argumentou que a Constituição assegura o direito à propriedade da terra, mas também vincula ao cumprimento da função social. “Nessa linha de raciocínio é que foi criado o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), cuja atuação seria demandar um pedaço de terra para viver e trabalhar, realizando ocupação de propriedades de terra que estão em situação irregular, ou seja, que não cumprem a função social”, pontuou.
“Não nos importa neste momento adentrar a discussão acerca da legalidade do que seria a correta atuação deste movimento, mas realmente nos importa irmos aos fatos do que vem acontecendo em nosso país, sendo, em poucas palavras: propriedades rurais produtivas sendo invadidas e um crescimento desordenado dessas invasões”, afirmou o gaúcho.
Por meio da assessoria, Rodolfo justificou que assinou dois pedidos, de Zucco e de Ricardo Salles. Os dois requerimentos foram unificados, o que explicaria duas assinaturas.