O bloco de oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Senado ameaçou ir à Justiça caso continue fora da lista de presidentes das comissões da Casa. Para evitar chegar a esse ponto, o grupo formado por PL, PP, Republicanos e Novo sugeriu ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a criação de novas comissões para contemplá-los.
A senadora Tereza Cristina (PP) demonstrou esta insatisfação durante a eleição que escolheu Soraya Thronicke (União) para comandar a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, na quarta-feira (8). A ex-ministra de Agricultura de Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não houve respeito à representação proporcional dos partidos e blocos nas mesas das comissões.
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Na reunião de líderes desta quinta (9), o bloco de oposição, “Vanguarda”, defendeu a indicação de nomes de seus filiados para a presidência de pelo menos 3 comissões. Pacheco disse a eles que analisará a proposta, mas, por ora, não há definições, segundo site Poder 360.
Os partidos sugeriram, por exemplo, desmembrar a Comissão de Serviços de Infraestrutura. Seria transformada em Comissão de Minas e Energia e Comissão de Infraestrutura. A cisão também foi sugerida na CAS (Comissão de Assuntos Sociais) e na CE (Comissão de Educação, Esporte e Cultura).
O líder do PL no Senado, Carlos Portinho, não descartou acionar o STF (Supremo Tribunal Federal) por serem preteridos no acordo político que definiu os presidentes de comissões permanentes.
Pelo acerto feito no Senado, só os partidos dos blocos Democracia (MDB, União Brasil, Podemos, PSDB, PDT e Rede) e Resistência Democrática (PSD, PT e PSB) comandarão colegiados. São as bancadas que apoiaram a reeleição de Pacheco, em 1º de fevereiro.
O maior bloco parlamentar é o Democracia com 30 senadores do MDB, União, Podemos, PSDB e Rede. O segundo é o Resistência Democrática composto por 28 parlamentares do PSD, PT e PSB. Já o Vanguarda conta com 23 integrantes do PL, PP, Republicanos e Partido Novo.