O ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), admite que pode ser candidato a vereador nas eleições do próximo ano. Em 6º lugar na disputa do Governo no ano passado, ele assume o diretório municipal do PSD e pode ser um dos puxadores de voto da legenda.
No entanto, a decisão vai passar pelo crivo dos atuais vereadores do partido. O PSD conta com a maior bancada na Câmara Municipal, oito parlamentares, e inclusive o líder da prefeita Adriane Lopes (Patri), Beto Ovelar é da sigla.
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Apesar da perspectiva de debandada com a abertura da janela partidária entre março e abril do ano eleitoral, Marquinhos acredita que poderá manter a maioria ou quase todos os atuais vereadores.
A única exceção deverá ser Tiago Vargas (PSD), que está inelegível e corre risco de ficar de fora do pleito. “O problema do Tiago é com a Justiça eleitoral, o partido deu legenda para ele ser candidato a vereador e a deputado estadual”, afirmou Marquinhos, que foi um dos alvos do vereador na campanha do ano passado.
A candidatura a vereador pode ser uma tentativa de Marquinhos recomeçar a carreira política após o escândalo de assédio sexual contra 16 mulheres, que lhe desgastou na campanha do Governo. Ao longo da campanha, com a ofensiva da Polícia Civil, o ex-prefeito despencou nas pesquisas do primeiro lugar para a 6º colocação com a abertura das urnas, só ficando na frente dos candidatos a governador do PSOL e PCO.
Ele ganhou todas as disputas antes de 2022, sendo vereador, deputado estadual e prefeito da Capital por dois mandatos. Marquinhos não vê problema em disputar o mesmo cargo do sobrinho, o vereador Otávio Trad (PSD).
Ele citou que foi vereador na mesma época do primo, o médico Paulo Siufi (MDB), e o irmão, Fábio Trad (PSD), foi deputado federal na mesma época que outro primo, o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (União Brasil).
Sobre a reeleição da prefeita Adriane Lopes, Marquinhos diz que ainda não sabe se a atual chefe do Executivo irá para um segundo mandato. O discurso começou a mudar nos últimos meses. Inicialmente, ele era taxativo de que iria apoiar a reeleição de Adriane. Agora, o ex-prefeito diz que a decisão caberá ao partido, que irá discutir entre a reeleição da prefeita ou lançar candidato próprio.