Um grupo de senadores e deputados bolsonaristas visitou nessa semana golpistas que participaram dos atos de 8 de janeiro e estão presos no Complexo Penitenciário da Papuda e na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia, em Brasília.
Os políticos foram verificar a situação de 960 homens e mulheres e pediram respeito aos direitos humanos dos detidos.
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Com a participação da senadora sul-mato-grossense Tereza Cristina (PP), os parlamentares constataram que as penitenciárias possuem capacidade limitada para atender a grande quantidade de presos.
Entre 8 e 12 de janeiro, a população carcerária nas penitenciárias visitadas aumentou de 1 mil para 1,6 mil em decorrência de prisões relacionadas aos atos de ataque às sedes dos Três Poderes.
A alta ocupação reflete na qualidade do fornecimento da alimentação aos presos e no atendimento de saúde, conforme verificado no local pelos parlamentares bolsonaristas.
A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal relatou ter solicitado ao Supremo Tribunal Federal (STF) a transferência de presos que moram em outros Estados, pois apenas 30 teriam residência na Capital Federal.
Direitos Humanos
Após a visita, o líder da Oposição no Senado Federal, Rogério Marinho, e a líder do PP no Senado, Tereza Cristina, foram recebidos pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti.
Na ocasião, solicitaram apoio da entidade pela “celeridade no cumprimento do devido processo legal, na individualização de condutas e na garantia dos direitos humanos dos presos, assegurando a transferência para os Estados de residência ou a liberação para aguardar o julgamento em liberdade”.
“Preocupa-nos as precárias condições de encarceramento e a superlotação das unidades prisionais. Há a necessidade de transferi-las para seus estados de origem, garantindo os direitos humanos e dando celeridade no cumprimento do devido processo legal”, declarou o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS).
Nos próximos dias, os senadores vão solicitar audiência com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, para assegurar as garantias dos presos e a celeridade do devido processo legal.