A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) prevê dobrar o valor do pedágio cobrado na BR-163 com a nova licitação da rodovia. Além de mais caro, a proposta prevê a duplicação de menos de 20% dos 379 quilômetros a serem licitados como Rota do Pantanal, que compreenderá o trecho entre Campo Grande e Sonora.
Com a devolução da concessão pela MS Via, empresa do grupo CCR, o órgão federal decidiu dividir o lote em dois e incluiu a BR-267 na relicitação. O segundo trecho foi denominado de Rota do Tuiuiú. O cronograma previa a conclusão do processo no primeiro trimestre deste ano, mas está atrasado.
A primeira relicitação deverá ser da Rota do Pantanal. A audiência pública para discutir a concessão foi marcada para o dia 22 de março deste ano. A nova licitação está acertada desde 2019.
De acordo com a Agência Brasil, entre os pontos previstos na concessão pela agência reguladora estão a duplicação de 67 km da rodovia, construção de 84 km de faixas adicionais, de 2,5 km de vias marginais, além da implantação de travessias urbanas, e diversos dispositivos de segurança.
O projeto original previa a duplicação dos 379 quilômetros, o que daria mais segurança aos usuários da rodovia e permitiria melhor infraestrutura para Mato Grosso do Sul escoar a safra de grãos.
O projeto também prevê passagens de fauna, pontos de ônibus e melhorias como acessos, passarelas e a duplicação do trecho.
A proposta em discussão estabelece uma tarifa básica de pedágio de pista simples no valor inicial de R$ 14,20 a cada 100 km aproximadamente. Atualmente, a taxa do pedágio é de R$ 5,80 a R$ 7,80 a cada 100 quilômetros. Na prática, o valor vai mais que dobrar e vai onerar o usuário.
Sem considerar que o valor atual deveria ter redução de 54%, mas a Justiça federal impediu a redução na tarifa a pedido da concessionária.
A ANTT ainda não marcou a audiência pública da Rota do Tuiuiú, que prevê 715 quilômetros das BRs 163 e 262.