O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, não deverá punir Nelsinho Trad, por não ter votado no colega de partido, Rodrigo Pacheco, de Minas Gerais, para a presidência do Senado. O ex-prefeito de Campo Grande deverá continuar no comando do PSD em Mato Grosso do Sul, apesar da traição no início deste mês.
O senador era líder do PSD no Senado e, mesmo assim, traiu Pacheco para apoiar Rogério Marinho (PL), defendido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Em nota, Nelsinho justificou que estava acatando a sua base eleitoral, que é bolsonarista.
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Ele acabou deixando o posto de líder do partido no parlamento. No entanto, a substituição já estava prevista e não foi punição por ter traído o seu partido.
Conforme uma fonte do PSD, Kassab conversou com Nelsinho e o tranquilizou, dizendo que entendia a postura em relação aos eleitores sul-mato-grossenses. O ex-prefeito da Capital, Marquinhos Trad (PSD), que também apoiou Bolsonaro, vai presidir o diretório municipal do partido.
Já o ex-deputado federal Fábio Trad (PSD), que defendeu a eleição de Lula desde o início e foi crítico ácido de Bolsonaro, foi contemplado com o cargo de gerente de controle na Embratur.