Os seis acusados de dar o golpe bilionário em 1,3 milhão de investidores podem perder os bens supostamente adquiridos com o dinheiro proveniente do crime e ainda pagar indenização de R$ 11 milhões a título de reparação. O pedido consta da denúncia feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul.
Conforme a denúncia, assinada pelas procuradoras da República, Damaris Rossi Baggio de Alencar e Júlia Rossi de Carvalho Sponchiado, eles cometeram os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, operação ilegal de instituição financeira, gestão fraudulenta e crime contra o patrimônio da União e ambiental.
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O juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, aceitou a denúncia e manteve a prisão preventiva dos réus. No entanto, o diretor de marketing da Trust Investing, Cláudio Barbosa, segue foragido. Eles foram presos na Operação La Casa de Papel, deflagrada em outubro do ano passado.
O Gaeco do MPF pediu o “perdimento de todos os bens móveis e imóveis descritos na denúncia que constituí proveito financeiro com previsão legal”. Na relação de bens a serem confiscados constam nove veículos lucro, como Porsche, Amarok e até uma lancha. Dos imóveis, são oito fazendas em Monção (MA), um sítio e três apartamentos, sendo dois no Rio de Janeiro e um no interior de São Paulo.
Além da perda dos bens, a procuradoria pede o pagamento de indenização para reparação criminal de Cláudio Barbosa (R$ 2 milhões), Fabiano Lorite Lima (R$ 2 milhões), Diego Ribeiro Chaves (R$ 2 milhões), Diorge Roberto de Araújo Chaves (R$ 1 milhão), Patrick Abrahão Santos Silva (R$ 2 milhões) e Ivonélio Abrahão da Silva (R$ 2 milhões).
O grupo dava o golpe com a promessa de lucro de até 500%. Ivonélio usava uma igreja em Belford Roxo (RJ) para reforçar o estelionato.