Após os sucessivos vazamentos, a juíza Eucélia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal, ampliou o caráter sigiloso da ação penal por assédio sexual contra o ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD). A decisão acata pedido da defesa do réu, que se queixou da publicação de detalhes do processo sigiloso nos meios de comunicação.
“Diante da manifestação defensiva, comprovando acesso a informações do processo, por terceiros e segredo de justiça já estabelecido para assegurar o direito a intimidade dos envolvidos – réus e vítimas – determino que o presente feito tramite também sob sigilo externo, no qual somente os representantes cadastros conseguem consultar os autos na íntegra. Acrescente-se a tarja correspondente”, determinou a magistrada, conforme despacho publicado nesta segunda-feira (6).
Veja mais:
Juíza aceita denúncia e Marquinhos vira réu por assédio sexual contra sete mulheres
“Temos larga prova de que foi armação”, afirma advogada de ex-prefeito sobre denúncia do MPE
MPE denuncia Marquinhos e empreiteiro por assédio sexual, importunação e favorecimento à prostituição
Turma do TJ não vê ato ilícito e concede HC para trancar inquérito por assédio contra Marquinhos
“Os réus e seus procuradores deverão solicitar senha de acesso junto ao cartório”, determinou Eucélia Moreira Cassal. O pedido das advogadas Rejane Alves de Arruda e Andréa Flores foi acatado quatro meses após as eleições, quando as informações foram vazadas para a imprensa com a intenção de minar o potencial eleitoral do então candidato a governador.
Na decisão, a juíza destaca que irá analisar o pedido de absolvição sumária, conforme o artigo 397 do Código Penal, para analisar outros pedidos. Marquinhos virou réu por assédio contra sete mulheres.