O senador Nelsinho Trad (PSD) apostou no apoio ao candidato Rogério Marinho (PL-RN) à presidência do Senado para angariar a simpatia dos eleitores bolsonaristas sul-mato-grossenses, que são maioria no estado. Para isso, teve de trair o colega de partido Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que acabou vitorioso.
Nas redes sociais, pelo menos, defensores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) elogiaram a atitude do ex-prefeito de Campo Grande. Apesar de também haver críticas, a proporção de comentários positivos foi maior.
Eles deixaram de lado as diversas acusações na Justiça contra Nelsinho e seu histórico de maior gastador da cota parlamentar entre os três membros de MS no Senado. O que vai de encontro ao discurso de combate à corrupção e corte de despesas com dinheiro público.
No entanto, é difícil prever se os elogios de agora se transformarão em votos no futuro.
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Processos e condenação
Com mandato até 2026, Nelsinho foi o único senador de MS a votar a favor do texto-base do projeto de lei que flexibilizou a Lei de Improbidade Administrativa. O que dificultou a condenação e tem livrado agentes públicos de processos e bloqueio de bens.
No último levantamento feito por O Jacaré, apenas na Justiça estadual, o ex-prefeito de Campo Grande é réu em 17 ações por improbidade, sem considerar os processos na esfera federal.
Em 2021, o juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, condenou o senador, os empresários e as empresas a pagar R$ 94 milhões aos cofres públicos, anulou o contrato do lixo e determinou nova licitação.
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