A eventual suspensão dos mandatos dos deputados bolsonaristas pode garantir a posse do casal Loester e Raquel Trutis, ambos do PL, da empresária Iara Diniz, esposa do Capitão Contar, de Luana Ruiz (PL), famosa pela luta contra os índigenas, e do ex-presidente da Sanesul, Walter Carneiro Júnior (PP).
O pedido do Grupo Prerrogativas é para o Supremo Tribunal Federal conceder liminar para suspender a diplomação e impedir a posse dos deputados estaduais João Henrique Catan (PL) e Rafael Tavares (PRTB), e dos federais Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira, o Gordinho do Bolsonaro, do PL, e do Dr. Luiz Ovando (PP).
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O grupo de advogados alega que eles defenderam os ataques contra a democracia e não podem ser empossados para terem direito a imunidade parlamentar. Na quinta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que o procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifeste sobre o pedido em 24 horas.
Caso o ministro acate o pedido, Mato Grosso do Sul empossar novos deputados. A vaga de João Henrique, que teve 25.914 votos e ficou em 12º lugar, seria herdada pela esposa de Trutis, Raquelle Lisboa, que adotou o nome do marido. Como Raquelle Trutis, ela conquistou 10.782 votos e ficou em 35º lugar.
A vaga de Rafael, em 16º lugar com 18.224 votos, ficaria com a empresária Iara Diniz, esposa de Contar, que foi atacada durante a campanha a governador do marido por ter ligação com o ex-prefeito da Capital, Gilmar Olarte (sem partido). Iara teve 9.502 votos (39º lugar).
Campeão de votos com 103.111 votos, Pollon perderia a vaga para Trutis, que ficou em 17º lugar com 21.784 votos. Tão bolsonarista quanto o advogado pro armas e réu por simular um atentado, o deputado ganharia na sorte grande ao ganhar uma segunda chance para continuar na Câmara dos Deputados.
A vaga do Gordinho do Bolsonaro, eleito com 41.773 votos, ficaria com a advogada Luana Ruiz, com 24.176 votos e 14º. Ela fez a carreira na luta contra a demarcação de terras indígenas e defendendo o direito dos produtores rurais. Amiga de Tereza Cristina, ela foi nomeada no Ministério da Agricultura e ganhou destaque ao afirmar que os índios não foram os primeiros habitantes do Brasil.
O 5º beneficiado será o ex-presidente da Sanesul, Walter Carneiro, que teve 39.860 votos (10ª colocação) e substituiria Dr. Ovando, que foi reeleito com 45.491 votos e ficou em 7º lugar.