A Petrobras anunciou que o preço da gasolina A terá reajuste de 7,46% nas distribuidoras a partir desta quarta-feira (25). Este é o primeiro aumento no combustível no Governo Lula, que prometeu na campanha mudar a política de preços da estatal para beneficiar o consumidor.
A partir de amanhã (25), o preço médio de venda de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro, aumento de R$ 0,23 por litro. O aumento ocorreu logo após os postos de combustíveis recuarem e desistirem do aumento por causa da possível volta dos impostos federais.
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Lula decidiu manter a isenção sobre a gasolina e o etanol até o final de fevereiro. Já a alíquota sobre o óleo diesel será de zero até o fim do ano.
No mês passado, último mês da gestão de Jair Bolsonaro (PL), a Petrobras anunciou redução no preço da gasolina de R$ 3,28 para R$ 3,08 nas refinarias. Com o reajuste de amanhã, o preço voltará a subir, chegando a R$ 3,31 nas distribuidoras.
“O reajuste de 7,46% sobre o preço da gasolina poderá impactar entre 0,18 a 0,23 centavos no custo final do produto”, avaliou o diretor do Sindicato dos Postos de Combustíveis, Edson Lazarotto.
Para o consumidor na Capital, o valor médio da gasolina deverá passar dos atuais R$ 4,71 para R$ 4,90. O menor preço praticado ontem era de R$ 4,49 e pode chegar a R$ 4,67 a R$ 4,72, enquanto o maior deve saltar de R$ 4,89 para até R$ 5,12. No entanto, o mercado é livre e o valor vai depender da concorrência.
Segundo a empresa, esse aumento acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, “que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”.
O senador Jean Paul Prates (PT) foi indicado por Lula, mas ainda não assumiu a presidência da Petrobras. Ele ficará encarregado de implementar a política do novo Governo, de mudar o atual sistema de preços.