O Governo de Mato Grosso do Sul suspendeu 3.985 pagamentos do programa Mais Social, no valor de R$ 300, em janeiro deste ano, por uso indevido e também por problemas com informações do CadÚnico (Cadastro Único). Entre as irregularidades estão a compra de bebidas alcóolicas, pagamento de jogos on-line e até de streaming de filmes e séries.
As irregularidades foram descobertas nos levantamentos mensais feitos pela Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Sead). A chefe da pasta, Elisa Cleia Nobre, explica que com dados do Banco do Brasil, emissor do cartão, situações críticas são avaliadas pelos servidores do Mais Social e em caso de irregularidades o benefício pode ser suspenso.
“Analisamos os casos críticos e procuramos entender se a ocorrência se trata mesmo de uma irregularidade. Em casos de uso indevido, o benefício pode ser perdido definitivamente”, alerta Elisa.
A Sead divulgou que o benefício foi pago nesta semana para 87.920 pessoas, totalizando mais de R$ 26,3 milhões diretamente para famílias que precisam.
O Mais Social existe em apoio às famílias em vulnerabilidade social e deve ser usado para compra de alimentos, itens de higiene pessoal e gás de cozinha em estabelecimentos como mercados, minimercados e supermercados dentro do Estado.
A compra de bebidas alcoólicas e produtos à base de tabaco (fumo, cigarro e similares) é proibida.
Por meio de um cartão com a função débito, o programa paga R$ 300 mensais para beneficiários que têm renda mensal familiar per capita inferior a meio salário mínimo. Ainda de acordo com a secretária, o monitoramento é importante para zelar pelo dinheiro público e garantir o pagamento para quem precisa.
Promessa de campanha
O governador Eduardo Riedel (PSDB) assumiu, durante a campanha eleitoral, o compromisso de ampliar o valor do Mais Social de R$ 300 para R$ 450.
O programa foi criado com a meta de atender 100 mil famílias, mas chegou a apenas 87 mil até o momento. O tucano se comprometeu a chegar a meta e ampliar o valor em 50%.