O governador Eduardo Riedel (PSDB) anunciou, em postagem nas redes sociais neste sábado (14), que vai colocar a Defensoria Pública para atuar na defesa dos presos acusados de invadir e depredar os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto no último domingo (8). O tucano já condenou, publicamente, os ataques terroristas realizados pelos bolsonaristas.
“Depois de lamentar reiteradas vezes os atos violentos e as invasões em Brasília, hoje estou passando por aqui para anunciar a nossa decisão, confirmada já em decreto, de colocar à disposição nossa Defensoria Pública para prestar assistência jurídica àqueles que ainda estão detidos e não têm condições financeiras de constituir um advogado”, afirmou.
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“Entendo que é nosso dever, dever do Estado, não se omitir nas suas obrigações! E oferecer assistência jurídica a quem não pode contratá-la é uma das mais importantes prerrogativas de qualquer cidadão”, destacou, abaixo de foto junto com o presidente da OAB/MS, Bitto Pereira.
O primeiro governador a colocar advogados públicos para defender os bolsonaristas presos em Brasília foi Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina.
Pelo menos 11 sul-mato-grossenses estão entre os presos pelos atos de vandalismo em Brasília. O movimento EnDireitaMS ainda recebeu pedido de ajuda de familiares de 17 pessoas que teriam ido a Brasília e poderiam estar presas.
“Também vamos prestar assistência às famílias, no sentido de atualizar a situação de cada um deles no dia a dia. Este é um trabalho que está sendo feito em cooperação com a Defensoria Pública do Distrito Federal e com o Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos – CONDEGE”, informou Riedel.
“Acredito que assim contribuímos para demostrar ao País – e inclusive aos mais radicais – a natureza essencial de um regime baseado nos direitos e deveres individuais e na efetividade das leis!”, frisou. “Acredito que este sempre será o melhor caminho para o distencionamento dos ânimos e a volta à normalidade!”, justificou-se.
O anúncio ocorreu um dia após o tucano oficializar a união com o PT, que vem coordenando uma ofensiva pública contra os bolsonaristas que pedem intervenção militar e querem derrubar o Governo Lula.