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    No Divã Em Paris – A demência da extrema direita

    Especial para O JacaréBy Especial para O Jacaré14/01/20234 Mins Read
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    Mário Pinheiro, de Paris
    Palácio do Supremo Tribunal Federal destruído, após distúrbios antidemocráticos no ultimo domingo

    Destruir bens públicos é uma burrice incalculável. Não há noção de temperamento normal, de equilíbrio e domínio das faculdades mentais, é demência. É demência achar que o fujão (Bolsonaro) vai sair das sombras, ganhar voz e se tornar Dom Quixote.

    E muito pior ao cidadão que expôs o traseiro ao defecar no interior do Planalto. O que aconteceu é inacreditável e inaceitável num país que permite manifestações pacíficas. Os culpados devem pagar com cadeia e indenização. Eram todos bolsonaristas vacinados pelo discurso de ódio, seguidores do ex-presidente em fuga.

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    A ciência política nos fornece reflexões sobre a origem e atualidade da extrema direita que não é de hoje e pode ser revisitada na pesquisa sobre totalitarismo e nazifascismo. Ela se apoia primeiramente no negacionismo, em práticas ultraconservadoras mesmo sem entender o significado do mal que ela carrega, em invenções tidas como verdade, defende a tortura e é contra os direitos humanos.

    Hanna Arendt, por exemplo, diferencia regime totalitário e ditadura. Os golpistas querem intervenção militar, uma ditadura, mas eles, de tão ignorantes, desconhecem a natureza e a ação dos militares. Arendt pontua que o regime do mal destrói os critérios de julgamento moral e de fundamentos políticos. Eles facilmente misturam ideologia voltada para o sagrado. O fascismo tenta unir lemas ultraconservadores que abocanham os ignorantes e crentes. 

    Em nome da direita extrema clama-se o nome de entidades religiosas, de Jesus, retrocede-se em tudo, exalta-se o racismo, o ódio veste uma carapuça capaz de matar em nome do nacionalismo.

    A ideologia do atraso busca a destruição da democracia, a instalação do caos a começar pela instabilidade política e a descredibilidade da classe governante. O passo a seguinte é a tomada do poder pelas vias violentas. A destruição dos três poderes em Brasília foi arquitetada, pensada, com o efetivo da força policial dispensada e contando com a bênção do exército que fez vista grossa ao encará-los como “patriotas” e pacíficos.

     O ex-presidente brasileiro partiu antecipadamente, assim como o servidor mais fiel, Anderson Torres, que deixara a cama preparada para um eventual retorno de Bolsonaro através de um golpe. Torres havia sido nomeado secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, exonerado o comando da secretaria e viajado em seguida aos Estado Unidos.

    Era o início da sabotagem, segundo o interventor Ricardo Cappelli. Em terras do Tio Sam, Torres se encontra com o ex-presidente. Uma senhora, não identificada, seguidora do capitão derrotado, enviou sua mensagem aos grupos de golpistas que haveria uma surpresa. Esta surpresa seria a retomada do poder e a volta de Bolsonaro com a bagunça feita em Brasília.

    A alegria dos terroristas em Brasília era imensa, intensa. Com a certeza de que o messias voltaria, brilhava no rosto o sorriso macabro. O resultado é estarrecedor. A extrema direita, incorporou o mais nefasto espírito demoníaco e ousou quebrar tudo, mesas, cadeiras, poltronas, computadores, objetos doados por outras nações, vasos, o relógio doado pelo rei da França, Luis XIV a Dom João VI, obras de arte.

    Deixaram para trás a fedentina de urina e merda nos salões oficiais como se fosse assinatura de demência. A barbárie não pode vencer. O dia 8 de janeiro tem que ser lembrado pela derrota da confabulação, da destruição e da tentativa de golpe.

    (*) Mário Pinheiro é jornalista pela UFMS, mestre em Sociologia da Comunicação, filósofo e doutor em Ciências Políticas ambos por Dauphine, Paris. Ele escreve aos sábados.

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