O juiz federal Francisco Alexandre Ribeiro acatou pedido da AGU (Advocacia-Geral da União) e determinou o bloqueio de R$ 6,539 milhões de 52 pessoas físicas e sete empresas, que teriam financiado os ataques terroristas em Brasília. Entre os alvos estão dois comerciantes de Mato Grosso do Sul, os comerciantes Adoilto Fernandes Coronel, de Maracaju, e Aparecida Solange Zanini, de Três Lagoas.
Na decisão, o magistrado considerou ser “absolutamente plausível a tese da União de que eles, por terem financiado o transporte de milhares de manifestantes que participaram dos eventos ilícitos, fretando dezenas de ônibus interestaduais, concorreram para a consecução dos vultosos danos ao patrimônio público, sendo passíveis, portanto, da bastante responsabilização civil”.
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Para Ribeiro, era “previsível que a reunião de milhares de manifestantes com uma pauta exclusivamente raivosa e hostil ao resultado das eleições presidenciais e ao governo eleito democraticamente pudesse descambar, como descambou, para práticas concretas de violência e de depredação que todos os brasileiros viram, estupefatos, pela mídia e redes sociais, em tempo real, na Praça dos Três Poderes”.
Adoilto é dono de franquia de loja de material de construção e é o 2º secretário da Associação Empresarial de Maracaju. Solange tem um comércio em Três Lagoas e, em vídeo gravado, admite ter ido a Brasília para participar das manifestações.
No entanto, na gravação divulgada pelo Campo Grande News, a mulher conta que o grupo foi de ônibus de Três Lagoas a Brasília e participou da manifestação. Eles teriam até feito turismo. No entanto, Aparecida Solange nega que os “patriotas” tenham participado da invasão e depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal.
O valor do bloqueio deve ser maior. A AGU incluiu na conta apenas os prejuízos calculados com a destruição da Câmara dos Deputados e do Senado. O valor do prejuízo no STF e no Planalto ainda está sendo levantado pelos peritos.