O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, decidiu trocar o comando da corporação em Mato Grosso do Sul. O delegado Agnaldo Mendonça Alves será o novo superintendente da PF no Estado. Em 2018, ele comandou operação para investigar o pagamento de salários a funcionários fantasmas da Assembleia Legislativa de Alagoas.
Alves vai substituir o atual superintendente, Chang Fan, que havia assumido em julho de 2021. Ele está no cargo de delegado desde 2009. Conforme o currículo, o novo superintendente é graduado em economia pela PUC de São Paulo e formado em Direito pela FMU-SP. Ele foi agente da Polícia Federal de 2006 a 2009. Antes de ingressar na corporação, Alves trabalhou na iniciativa privada por 18 anos.
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Ao longo de sua carreira, também atuou como chefe da Divisão de Operações de Repressão ao Tráfico de Drogas 2020 (sede da PF em Brasília); chefe da Divisão de Repressão aos Crimes Patrimoniais e Tráfico de Armas de 2019 a 2020 (sede da PF em Brasília); delegado regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF em Alagoas – DRCOR/SR/PF/AL de 2018 a 2019; upervisor do Grupo de Investigações Sensíveis da PF em São Paulo – GISE/DRE/SR/PF/SP de 2015/2018; chefe da Delegacia de Repressão a Drogas da PF no Acre DRE/SR/PF/AC, de 2012 a 2014; coordenador de Relações Institucionais do Departamento de Recuperação de Ativos do Ministério da Justiça – DRCI/MJ de 2011 a 2012.
Em abril de 2018, Alves comandou a Operação Surugate, que investigou um esquema de pagamento de salários a funcionários fantasmas da Assembleia Legislativa de Alagoas. O esquema envolvia política e vereadores do interior do estado.
O novo superintendente vai definir o futuro de operações que podem definir o futuro da política de Mato Grosso do Sul, como a Operação Lama Asfáltica. Um dos principais alvos é o ex-governador André Puccinelli (MDB).
A sétima fase da investigação, denominada de Motor de Lama, investiga o desvio no Detran e mira, entre outros, o advogado Rodrigo Souza e Silva, filho do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O inquérito tramita em sigilo e foi enviado à Justiça estadual após o Tribunal Regional Federal da 3ª Região decidir que não há crime federal nem o desvio de recursos da União. Nos últimos anos, a PF tem priorizado o combate ao tráfico internacional de drogas e o contrabando de cigarros.